sábado, 9 de dezembro de 2017

AU REVOIR, OCIMAR

Já está ficando chato essa coisa de pessoas queridas partirem cedo demais. Agora foi a vez do Ocimar Versolato. Que ele era um gênio da alta costura todo mundo sabe. Por isso mesmo nem pretendo ficar chovendo no molhado nesse post. Prefiro falar da sua alegria e do prazer que sempre foi estar na sua companhia. Conheci o Oci através de outro querido, meu grande amigo Edson Cordeiro, conterrâneo dele do ABC Paulista. Estávamos no começo dos anos 2000 e Edinho sempre levava o Oci para assistir à Terça Insana nos primórdios do Next Cabaré, no centro da cidade. E ele foi um dos grandes incentivadores do sucesso do nosso projeto que engatinhava: Passou a levar suas amigas socialytes para nos assistir, formando filas de carrões com motoristas na frente do pequenino Next... Oci sempre me recebeu muito bem na sua casa do Jardim América, fazendo questão de me por logo à vontade sabendo bem da minha timidez. E o champanhe rolava. Invariavelmente acabávamos no seu quarto assistindo com ele ao Programa do Ratinho, sua atração de tevê favorita à época. Até hoje assisto ao Ratinho por influência dele... Oci sempre levava o Ney Matogrosso, seu grande amigo e meu ídolo, para nos assistir no Avenida Clube. E sempre me levava nos shows do Ney com direito à ida no camarim depois da apresentação. As festas na sua casa da Rua México eram memoráveis. E, baladeiro que só, acabou me arrastando várias vezes para a Loka e para a The Week, logo eu, que sempre fui velho e que à meia-noite já estava bocejando... Eu adorava quando ele me mostrava pérolas da MPB, para testar meus conhecimentos, e eu sabia quem era que estava cantando. Ou quando eu não conseguia adivinhar quem era, como na vez em que me mostrou Gal cantando Love, Try and Die, do álbum Le-Gal... Que tristeza ele partir assim, tão precocemente. Dias atrás eu comentei numa foto dele do instagram: Tá em SP? E ele respondeu: Sim, Robertinho. Em seguida respondi: Vancivê? Rsrsrs... E ele nem chegou a responder. Vou guardar só coisas boas e alegres, momentos inesquecíveis que ele me proporcionou. Como ir com ele ao show da Rita Lee no extinto Olímpia e tirar foto com ela no camarim. E muitos mais. Sempre rindo muito. And drinking champagne... Bon voyage, Ocimar! E au revoir...
A foto foi feita numa das idas do Oci ao Avenida Clube.

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