quinta-feira, 31 de maio de 2012



REZA
Ando ouvindo apaixonadamente a música Reza, de Rita Lee. Tão linda. Letra e melodia. Tão apropriada para os tempos que vivemos. Deus nos proteja! Madonna também voltou a me encantar com sua Masterpiece. Belíssima melodia e letra, idem. Já nasce como hit. Deve mesmo ser sofrido amar uma obra de arte. Fixa. Inacessível. Olhada e admirada por todos. Caríssima... A material girl ressurge mais romântica do que nunca aos cinqüenta. Eu os estou beirando. Apesar de não me ver como um homem de cinqüenta. Deus me conserve! Xuxa, que durante anos vem abusando da nossa paciência, revelou-se abusada em rede nacional. Não faltaram críticas, de todos os lados. Deus nos defenda! Como bem cantou Annie Lenox: Some of them want to abuse you, some of then want to be abused… A Grace deu entrevista no Jô e o auê não foi menor: Deu pano pra todas as mangas. Curtas e longas. É incrível a prontidão com que todos se lançam a atacar todos. Deus nos dê forças! Ando tão sem inspiração para escrever. Deus me ilumine! Ando tão avesso a barulho, agitação, perigo e multidões, Deus me guarde! Mas, acima de tudo, vivo contente e feliz com o que faço, vivo, realizo, sonho, imagino, deliro... Deus me abençoe! E por tudo o que fazemos, por bem ou por mal, Deus nos perdoe!

Na foto, Rita praying.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

PALAVRAS

Encantamento. Descoberta. Experiência. Aprovação. Bom proveito. Decepção. Esquecimento. Ilusão. Desilusão. Troca-troca. Escaramuça. Tardiamente. Sorrateiramente. Inesperadamente. De súbito. Dejà vu. Répétition. Cinema de arte. Aquecimento global. Globalização. Sustentabilidade. Portabilidade. Insustentável. Insuportável. Incompatibilidade. Silêncio. Tranquilidade. Maresia. Praia deserta. Lua cheia. Maré alta. Maré baixa. Baixa auto estima. Baixaria. Respeito. Cidadania. Pedofilia. Inspeção veicular. Rodízio. Quilômetros de engarrafamento. Greve dos metroviários. Índice down jones. Atentado a bomba. Comédia stand up. Sexo casual. Preservativo. Donativo. Dízimo. Pastoral. Estatuto da criança e do adolescente. Câmera de segurança. Carro blindado. Colete à prova de bala. Bomba de efeito moral. Possibilidade de chuva e granizo. Esperança. Renovação. Recomeço. Maturidade. Anti-depressivo. Marina Lima. Júnior Lima. Fabio Júnior. Palvras. Palavras. Palavras...

segunda-feira, 21 de maio de 2012


BETINA BOTOX ATACA NOVAMENTE...

REDES SOCIAIS
A minha vida nas redes sociais resume-se a um discreto facebook (acho que posso chamar meu facebook de discreto diante dos exageros de autopromoção que vejo diariamente nessa rede) um extinto orkut e, mais recentemente, um instagram mais puxado para o artístico, digamos... Redes sociais são para mim um vício. E, como todo vício, elas tem também o lado mau. Além de me fazerem feliz elas me irritam muito. Mas não consigo ficar sem dar uma passadinha diária por lá. Tá, confesso: Várias passadinhas diárias por lá... Uma coisa que não suporto é ver foto de comida postada no facebook. Pior ainda se for no instagram. Quem quer saber o que você vai comer? Fez o pedido? A comida chegou? Você adorou a apresentação do prato? Então come, pelo amor de Deus!! Não fica tirando foto que esfria!! E qual é o intuito? Mostrar que você tem paladar apurado? Que pede pratos caros? Ou é pra fazer os seus amigos virtuais ficarem babando de inveja? Não consigo ver um motivo legal para isso... Outra coisa que me irrita sobremaneira é o tal do "bora". Bora fazer isso, bora fazer aquilo. Ou sua variação ainda mais irritante: O insuportável bora lá. Com tanta coisa boa para importar da Bahia, tinha que ser essa expressão? Mas sei, sou chato mesmo. E agora deixa eu comer que meu prato chegou. Mas sem fotos, ok?
Na foto, Elvis, meu gato, direto do meu instagram.

sábado, 12 de maio de 2012



WARHOL NO MIS 
Sempre admirei o universo de Andy Warhol. A mística que o envolvia, o glamour e seu incrível entourage. Mais do que a obra em si. Se bem que, no caso de Warhol, fica difícil separar uma coisa da outra, mestre que era em fazer da própria vida um événement artístico, social e, sobretudo, midiático. Quem não lembra da sua profecia dos quinze minutos de fama? Pois é. O tempo passa, o tempo voa e Andy Warhol continua profeticamente atual... Fui ao Mis visitar a exposição Surface Polaroides, com fotografias feitas em polaroide pelo rei da pop art. Tem Bianca Jaegger no auge da beleza e Stallone e Schwarzenegger esbanjando juventude e vigor físico. Tem o próprio Warhol como drag queen. Candy Darling e todas as fofas amigas. E, claro, my dear Robert Mapplethorpe. E muitos detalhes da anatomia do astro pop Mick Jaegger. Depoi de me deleitar com as imagens de Warhol, fui almoçar no Chez Mis, restaurante do mesmo grupo do Chez Lorena e Chez Burger. Tomei uma taça de vinho e fiquei beem tonto. Sem mais para o momento, me despeço para começar a me preparar para logo mais à noite assistir à São Paulo Cia de Dança no Teatro Municipal, acompanhada da Osesp. Luxo só.
Na foto, Warhol em si, acompanhado de caveira, em polaroide, bien sûr.

sábado, 5 de maio de 2012


ORIGINALIDADE
Muito se fala dos animais em extinção, da escassez da água no planeta e até de um possível fim do mundo previsto ainda para esse ano. Mas e a originalidade? Ninguém se preocupa com a sua extinção eminente? Como já existem muitos ambientalistas e fenomenologistas debruçados sobre as questões anteriormente citadas, vou me dedicar a essa última: A supressão da criatividade em função da busca instantânea e desesperada pelo possível sucesso. Que traz consigo a questão: O que é o sucesso? A julgar pelo nível das infindáveis variações sobre o mesmo tema que tenho visto, sucesso seria se dar bem a partir das idéias alheias. Ou seja: O indivíduo percebe que alguém descobriu um estilo ou um modo qualquer de expressão original que dá certo; ao invés de pensar em uma maneira própria de se expressar, ele passa a pensar da seguinte forma: Como posso modificar o que o outro criou de modo que pareça meu, mas que seja, no fundo, a mesma coisa e tenha o mesmo resultado positivo? Desde que o mundo é mundo a coisa funciona mais ou menos assim. Mas agora, na era da competição em que vivemos, na qual TER se sobrepôs desmesuradamente a SER, a coisa atingiu limites por mim nunca imaginados. Na minha santa ingenuidade, diga-se de passagem. Acredito que realmente existam pessoas capazes de distinguir uma bolsa Louis Vuitton verdadeira de uma cópia bem feita, por exemplo. Mas, enquanto isso, os chineses vão enchendo o bolso de dinheiro. E esse conceito se espalhou a todas as áreas do conhecimento, da arte, da tecnologia, e passamos a viver a era da cópia. Sou engraçado, mas não sei escrever? Pas de problème: Pego o texto de um colega e dou uma modificada. Ou nem me dou a esse trabalho: Uso tal e qual. Quero entrar em cartaz com um espetáculo de sucesso? Copio a idéia de alguém que se deu bem, mas, claro, modifico o nome. Quero dizer coisas aparentemente relevantes nas redes sociais para ter muitas curtições e gerar polêmica? Faço um grande esforço mental, lembro de algo incrível que já ouvi ou li, mudo o formato e pimba! Aliás, as redes sociais contribuem em muito para esse “mais do mesmo” infindável a que assistimos dia após dia. Copia-se tudo: Imagens, frases, ideias, projetos, posts, personagens, tu-do. A publicidade vem fazendo isso com muito sucesso através de décadas. E tenho plena consciência que também não apresento nenhuma originalidade nesse comentário. É só para manifestar a minha preocupação mesmo. Fui criado no interior, fiz todo o primeiro grau em escola pública, mas sempre fui motivado a criar, a ser original, em todas as áreas. Principalmente na artística, pendor precocemente percebido por minhas professoras e pais. O inacreditável, para mim, é ver que hoje, nas capitais, nas melhores escolas, com a tecnologia mais avançada, as pessoas estejam aprendendo a copiar. Para isso, cá entre nós, já existia o xerox. No meu caso, o mimeógrafo...
Na foto, a original Gal, que vem sendo copiada à exaustão.

quinta-feira, 3 de maio de 2012



MAIO
O mês de maio chegou. E, ao invés de trazer a primavera de Paris, como vinha costumeiramente fazendo, me trouxe o outono brasileiro. Frio e chuvas em São Paulo, sol e calor em Goiânia, cidade onde me encontro para estrear, logo mais à noite, o espetáculo Cabarecht, no festival de teatro local. Sou todo expectativas para esse que vai ser o meu primeiro trabalho pós a fase humorística iniciada em 2001 com a minha entrada na Terça Insana. Mas não deixa de ser insano também... O que mais me realiza, além de estar cantando em cena, é ter o privilégio de contracenar com pessoas que admirei desde antes do início da minha carreira no teatro. Desde sempre. Cida Moreira sempre foi um dos meus maiores ídolos. Quando tinha vinte anos ouvia seus discos em alto volume no apartamento da rua Garibaldi, em Porto Alegre, e não perdia um de seus shows. A minha professora de interpretação na escola de teatro, a dama do teatro gaúcho Sandra Dani, agora é minha colega de cena e me emociona a cada troca de olhar. E o Dunga, como chamamos o ator Antonio Carlos Brunet, que sempre acompanhei nos espetáculos do Teatro Vivo, grupo da minha outra mestra, Irene Brietske. Sem falar na direção de Humberto Vieira, cujas encenações sempre me encantaram e com quem ainda não havia trabalhado. Esse vai ser o meu primeiro Brecht. Espero que, como o Valisère, seja inesquecível! E que o mês de maio nos seja leve...
Na foto, eu decorando textos e canções.