segunda-feira, 6 de dezembro de 2010


ASSIM SEM VOCÊ...

Ontem fui assistir ao show – melhor dizer concerto – de Cesar Camargo Mariano no Sesc Vila Mariana. Belíssimo. Cesar, além de dominar com maestria a técnica de seu instrumento, emociona. E o convidado especial da noite, o contrabaixista Arismar do Espírito Santo, foi, digamos, a cereja do bolo, que tornou tudo ainda mais sofisticado. Eu viajava escutando a música de Cesar e não conseguia deixar de pensar em Elis ali, ao seu lado, encostada no piano cantando As Aparências Enganam, como no show Essa Mulher, a que assisti em 1979, em Porto Alegre, no Teatro Leopoldina, ou então cantando Aos Nossos Filhos, como no show Saudade do Brasil, a que assisti em 1980 no Canecão... César, além de excelente pianista, tem humor. Conta histórias, conversa com a platéia. Uma das histórias que ele conta é justamente sobre o show Transversal do Tempo, de Elis. Me deu uma imensa vontade de que sua filha Maria Rita adentrasse o palco, como uma convidada surpresa, e os dois homenageassem a esposa e a mãe... Fiquei nessa viagem uma boa parte do tempo, avião sem asa, fogueira sem brasa, Buchecha sem Claudinho, sou eu assim sem você...Enquanto o repertório passeava por composições do próprio César, Pixinguinha, Johnny Mandel, Stevie Wonder, Djavan e Ernesto Nazareth. Desse último, ele apresentou Tenebroso, com um arranjo nada tenebroso, pelo contrário, maravilhoso...Foi reconfortante encerrar o domingo com música de excelente qualidade em um lugar tão agradável como o Sesc Vila Mariana...Em janeiro do ano que vem, minha nova musa musical Amy Winehouse vem ao Brasil para uma série de shows, um deles aqui em São Paulo, no Anhembi, mas já decidi que não irei assistir. Não tenho mais paciência (Pra não dizer idade) para grandes concertos. Eles significam aglomeração, calor, falta de ar e eu, pônei que sou, lá no meio do povo sem poder ver nada, apenas pelo telão. Ora, se é para ver pelo telão, prefiro assistir em casa, pela televisão. Shows, pra mim, agora, só em teatros. Já basta a aventura que foi assistir ao mega concerto de Lady Gaga em Paris esse ano...É por isso que agora avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu, Amy, assim sem você!

Na foto, fiz o que pude com minha Samsung digital.

4 comentários:

  1. Que ótimo encontrar por acaso um lugar onde ainda escrevem sobre as delicadezas da vida!

    Elis apaixona até hoje, mesmo que só em vídeo...

    Que pena eu não ter nascido uns anos antes para vê-la ao vivo!

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  2. Então volte sempre, Leonel! Tive a oportunidade de assistir, além dos shows que citei no post, ao último que Elis fez, o Trem Azul. Ouvi-la cantar ao vivo era uma experiência transformadora.

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  3. give Amy a chance !
    a foto dá ótima!

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