Eu sei que ninguém mais aguenta ouvir falar do Cirque du Soleil. De tanto eles virem ao Brasil todo ano já está quase como o especial de fim de ano do Roberto Carlos na Globo... Mas Corteo é diferente. Conheci a famosa troupe no início dos anos noventa, quando morava em Paris e eles ainda nem eram tão famosos assim. Mas já eram incríveis. Eram a maior novidade em termos de circo contemporâneo e, de lá para cá, foram e continuam sendo exaustivamente copiados nos cinco continentes. Se é que existe circo na Oceania... Nessas últimas décadas eles cresceram muito, viraram uma espécie de franquia de sucesso internacional e os espetáculos foram ficando cada vez mais espetaculares, com o perdão da redundância. Mas, enfim, não sei se por eu ainda estar sob a forte emoção de ter completado cinquenta anos no último dia vite e cinco, fui especialmente tocado por esse maravilhoso Corteo. Uma sequencia belíssima não apenas de habilidades dos artistas, mas também de imagens oníricas, líricas, poéticas, inesquecíveis. Ora impressionantes, pela grandiosidade dos efeitos, ora enternecedoras, pela simplicidade. Fiquei especialmente tocado por um casal de artistas que não diria que são anões, mas mini-pessoinhas inacreditavelmente talentosas e protagonistas de algumas das cenas mais encantadoras. O protagonista, um velho palhaço que sonha com o próprio funeral, parece ter saído de um filme de Federico Fellini. Aliás, o espetáculo todo lembra muito a filmografia do mestre italiano, com pitadas de Salvador Dali, tal o surrealismo de algumas passagens. Sou muito grato à minha irmã Raquél, por ter me presenteado com essa pequena jóia nos meus cinquenta anos... É caro, eu sei. Mas vale cada real. Realmente imperdível...
terça-feira, 30 de abril de 2013
CORTEO
Eu sei que ninguém mais aguenta ouvir falar do Cirque du Soleil. De tanto eles virem ao Brasil todo ano já está quase como o especial de fim de ano do Roberto Carlos na Globo... Mas Corteo é diferente. Conheci a famosa troupe no início dos anos noventa, quando morava em Paris e eles ainda nem eram tão famosos assim. Mas já eram incríveis. Eram a maior novidade em termos de circo contemporâneo e, de lá para cá, foram e continuam sendo exaustivamente copiados nos cinco continentes. Se é que existe circo na Oceania... Nessas últimas décadas eles cresceram muito, viraram uma espécie de franquia de sucesso internacional e os espetáculos foram ficando cada vez mais espetaculares, com o perdão da redundância. Mas, enfim, não sei se por eu ainda estar sob a forte emoção de ter completado cinquenta anos no último dia vite e cinco, fui especialmente tocado por esse maravilhoso Corteo. Uma sequencia belíssima não apenas de habilidades dos artistas, mas também de imagens oníricas, líricas, poéticas, inesquecíveis. Ora impressionantes, pela grandiosidade dos efeitos, ora enternecedoras, pela simplicidade. Fiquei especialmente tocado por um casal de artistas que não diria que são anões, mas mini-pessoinhas inacreditavelmente talentosas e protagonistas de algumas das cenas mais encantadoras. O protagonista, um velho palhaço que sonha com o próprio funeral, parece ter saído de um filme de Federico Fellini. Aliás, o espetáculo todo lembra muito a filmografia do mestre italiano, com pitadas de Salvador Dali, tal o surrealismo de algumas passagens. Sou muito grato à minha irmã Raquél, por ter me presenteado com essa pequena jóia nos meus cinquenta anos... É caro, eu sei. Mas vale cada real. Realmente imperdível...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
UM ANJO CHAMADO LEILA
quarta-feira, 24 de abril de 2013
HOJE
5.0 A BEIRA MAR
segunda-feira, 22 de abril de 2013
MEU AMIGO KIKO
De tempos em tempos sou agraciado com a presença de Kiko Mascarenhas nos palcos de São Paulo. E é sempre no mínimo transformador assistir a uma performance desse talentosíssimo ator. Dessa vez foi com O Desaparecimento do Elefante, adaptação da obra de Haruki Murakami posta em cena por Monique Gardenberg e Michele Matalon. Kiko brilha em momento solo com o seu Comunicado do Canguru, indo do riso às lágrimas, e deixando velhos cinquentões emocionais como eu à beira de um ataque de nervos. Que grande felicidade assistir a um bom espetáculo, com uma equipe incrivelmente preparada e com a platéia lotada. Uma bela idéia, um projeto extremamente bem sucedido e que é abraçado pelo público que quer coisas boas, sim! Diversão no sentido mais abrangente da palavra, esse Elefante faz refletir, emociona e arranca aplausos e gargalhadas em cena aberta. Como na impagável cena do assalto a uma loja do Mac Donald's na qual Marjorie Estiano põe a baixo a platéia do Sesc Pinheiros... Imperdível é pouco: Obrigatório.
Na foto, Kiko e o Comunicado do Canguru.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
PRECE
Elevo meus pensamentos aos céus na esperança de encontrar um alento. Deus, deuses, deusas, forças superiores, entidades cósmicas, mitológicas, seculares, universais. Ao próprio Universo, clamo, humildemente, por mais amor entre os homens. Amor, compreensão, solidariedade, respeito, altruísmo, compaixão. Se é que esses conceitos ainda guardam algum valor ou mesmo significado nesse imenso caos em que estamos imersos. Esse caos de celulares, tevês de plasma, tablets, carros novos e semi-novos, tênis importados e tudo o mais pelo que se mata, se rouba, se trai, se urde, se vende, se suborna e se discrimina. Dirijo minha prece a todos, igualitariamente. Aos que estão sem grana, sem emprego, sem plano de saúde. Aos que estão sós e desamparados. Aos que são tão pobres, mas tão pobres, que só tem dinheiro, mais nada. Aos que usam de má fé para obter benefícios próprios prejudicando muitos outros. Aos que não mudam quando é lua cheia, como cantava Cazuza. A todos nós, eu inclusive. Eu que, pequeno e só, não encontro representação em nenhum rebanho. Eu que, descrente e ao mesmo tempo temente, imploro cheio de ardorosa fé a Rá, Osíris e Ísis. A Zeus e a Apolo. A Iemanjá e a Santo Antônio. A Buda e a Jesus Cristo. Minha Nossa Senhora, rogai por nós, senhores e senhoras que não sabem o que fazem. Senhor, dai-nos mais gente do bem. Já que tem tanta gente no mundo e cada vez nasce mais, mudai, Senhor, a programação neurolinguística do universo. Que ela seja direcionada para o bem comum, o amor ao próximo, a igualdade entre os povos. E que paremos logo de matar, roubar, discriminar e excluir em nome do Pai, do Filho e de todos os Espíritos Santos. Ah! E, last, but not least, que passemos a ir mais ao teatro e a ouvir boa música. Sim, porque, na boa, os estádios de futebol já estão lotados e os jogadores que ganham milhões já pagam dízimo para as respectivas igrejas que também já estão lotadas. Amém.
Na foto, o santinho da minha Primeira Comunhão.
terça-feira, 2 de abril de 2013
ABRIL, 2013
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