terça-feira, 24 de janeiro de 2012


MANSARDA
Um quarto em uma mansarda. Uma janela que descortina os telhados e chaminés da cidade. O banheiro fica do lado de fora, no corredor. Mas, tudo bem. Um aquecedor, um pequeno sofá de dois lugares que se transforma em cama. Aluguél barato. A lua cheia nascendo grande e redonda, banhando de prata o céu da noite... A visão da torre que se ilumina. Todo o tempo do mundo para descobrir e redescobrir a cidade. Muita inspiração para escrever. Muitos livros para reler no original. Muitos vinhos para beber. Uma baguete quentinha pela manhã. Algumas cerejas frescas. E flores no vaso. Na vitrola, discos de Serge Gainsbourg. Nos dias de sol, Brigitte Bardot. De vez em quando subir até Montmartre para ver a cidade de cima. Ou no terraço do Beaubourg. Parar em alguma estação de metro para ouvir um quarteto ou uma orquestra de cordas. Muitos shows, peças de teatro e exposições. Alguns novos amigos. Bons e velhos amigos. Saudades e recordações... E um gato para fazer companhia. Seria pedir demais?

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