sexta-feira, 4 de março de 2011


OUTROS CARNAVAIS
To me guardando pra quando o carnaval chegar eu continuar me guardando. Sabe como é? Não tenho mais idade, ou melhor, paciência pra tanta folia. Para mim, esse não passa de um fim de semana igual a outro qualquer. Mentira, né? Vai ser um fim de semana, no mínimo, recheado de lembranças... Quanto riso! Óh, quanta alegria... A começar por esse álbum de Caetano, Muitos Carnavais. Adoro. Tenho especial carinho pelo vinil em si, que ganhei de presente do meu querido amigo Paulo Teixeira, com a seguinte dedicatória: “Roberto, para que a tua vida seja uma festa, como esse disco é”. Emblemático. E mais, passados já quase trinta anos desde que foi cunhada, hoje a inscrição revela-se profética. Minha vida tem sido sim, graças a Deus, uma festa. E o disco também continua sendo. Ainda não o tenho em CD, como acontece com a maior parte da obra de Caetano. Mas vou ter... E o carnaval segue revelando talentos siliconados para o Brasil e para o Brazil. Mais de mil palhaços no salão. Não gosto de ir aos desfiles e nem mesmo de assisti-los pela televisão. Morro de sono. Ano passado fui ao cinema assistir ao filme Avatar, na terça-feira de carnaval. Também não era o caso. Mas eu tinha que ver, pra saber... Quando eu tinha seis anos de idade participei pela primeira vez de um bloco de carnaval. O bloco da rainha do carnaval infantil do Clube Comercial de Soledade. Seu nome era Cristina. Ela foi de Branca de Neve e nós, os sete meninos integrantes do bloco, de Sete Anões. Lança menino, lança todo esse perfume. Lembro que o menino que fez o Dunga tinha apenas três anos e era bem maior do que eu... Snif! O mesmo Clube Comercial foi cenário, anos mais tarde, de outras fantasias e performances que agora nem cabe lembrar aqui. Desbaratina, não dá pra ficar imune... (Eu sou aquele Pierrot, que te abraçou e te beijou...). Adoro ficar em São Paulo nesses feriados prolongados. Uma massa de seres humanos motorizados toma conta das estradas, das praias, dos destinos turísticos em geral, e a cidade fica toda minha. Uma maravilha. Sem trânsito, sem filas, sem esperas em restaurantes... Teve um ano que saí, junto com meu amigo Edson Cordeiro, vestidos de mulher, na Banda do Redondo. A mesma máscara negra: Betina Botox e Paulinha Perigo. Paulinha linda, parecendo a Adriana Garambone. E eu, a cara da Tereza Raquél... O máximo da falta de noção foi eu ter ido pro Ritz, depois do bloco, ainda travestido... Uma coisa que adoro fazer é fantasiar. Fico imaginando como seria minha atual fantasia... Mas é só na imaginação! Pois, como diria Caetano num dos versos d'A Filha da Chiquita Bacana, “nunca entro em cana porque sou família demais”... Será? Parece que até a Sandy já tem seu lado devassa... Vai saber!
Bon carnaval pour tous...

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