quarta-feira, 12 de maio de 2010



JE SUIS ALLÉ AU MOULIN ROUGE

Eu fui ao Moulin Rouge, diz o título do post, em francês. Na verdade fomos, meu amigo João Faria e eu. Eu já havia estado no Lido, no ano passado, mas o Moulin me deixou emocionado. Nem a casa nem o espetáculo tem o luxo do Lido, mas é tão mais, digamos, genuíno! A gente se sente transportado para aquela Paris antiga, do século dezenove, e fica imaginando Toulouse-Lautrec e todos aqueles boêmios e coristas tão bem retratados em suas obras. Desde 1889, milhares de pessoas do mundo inteiro vem visitar essa sala de cabaret, que guarda um misticismo contagiante em suas paredes, cortinas, painéis e cartazes, para ver a famosa “quadrille realiste”, conhecida mundialmente como “french cancan”. E o cancan é realmente o quadro mais emocionante do espetáculo, que segue a estrutura tradicional da revista, alternando quadros de canto e dança, estrelados por vedetes-cantoras, bailarinos e coristas, com números de habilidades como malabarismo, ventriloquismo, equlíbrio e humor, executados em duplas ou em solos. Tem até um impressionante número de uma moça que dança com serpentes dentro de uma piscina de acrílico. Luz del Fuego do ano 2000...Bom tema para uma música de Rita Lee. Pelo lendário palco do Moulin Rouge já passaram figuras míticas do mundo do espetáculo como as vedetes Colette e Mistinguett, e a cantora Edith Piaf. O espetáculo atual, Féerie, está em cartaz desde dezembro de 1999, com drieção de Doris Haug e Ruggero Angeletti, Coreografia de Bill Goodson e figurinos de Corrado Colabucci. E os quadros versam sobre temas como circo, piratas, a dança em Paris, o cancan e a evolução do Moulin Rouge, de 1900 aos dias atuais. Não sei o que está acontecendo comigo, talvez seja a idade. Mas, ultimamente, tenho preferido assistir a tudo o que é tradicional, antigo, museológico até, a assistir a coisas experimentais ou de vanguarda. Se é que existe alguma coisa que ainda possa ser considerada de vanguarda hoje em dia. Depois que assisti ao documentário sobre os Dzi Croquettes, tenho achado cada vez mais difícil considerar alguma coisa nova ou original...Como já citei aqui no blog, fui ao teatro de La Huchette, assistir ao espetáculo La Leçon, de Ionesco, que está em cartaz desde a sua estréia, em 1948, e pretendo voltar lá para assistir à La Cantatrice Chauve, ou, em bom português, A Cantora Careca. Que, isso, eu já to careca de saber que é bom. E foi realmente vanguarda no seu tempo. Mas, calma, também não é nada assim tão radical: Semana que vem, por exemplo, vou assistir ao show de Lady Gaga...
E prometo contar aqui. Bisous.
Na foto acima, o primeiro cartaz do Moulin Rouge feito por Toulose-Lautrec, para o espetáculo La Goulue, de 1891.

2 comentários:

  1. em sant-germain tem um teatro que se chama chochote.. será que quer dizer xoxota? bises.

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  2. Hummm...vou ver. Mas biche quer dizer veado!

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