domingo, 12 de janeiro de 2025
MANIAS DE JANEIRO
Este ano o verão está tão agradável aqui em São Paulo! Temperaturas amenas, as chuvas de sempre no meio da tarde, noites estreladas. Até parece que o aquecimento global resolveu dar um tempo por aqui (enquanto destrói a Califórnia)…
Fui até a esquina comprar um ingrediente que faltou numa receita que estava preparando e vi dois caras bebendo cerveja em pé na porta do Oxxo. Na chuva. Fiquei pensando se poderia haver programa mais deprimente (Para não usar aquela expressão relativa a programa ruim, que hoje soaria politicamente incorreta). Concluí que se um amigo me convidasse para fazer isso eu terminaria a amizade no ato…
Num dia acordo pela manhã com a notícia da vitória de Fernanda Torres como melhor atriz no Golden Globe e me encho de esperança. No dia seguinte, descubro que a livraria Cultura do Conjunto Nacional virou uma filial da Magalu e a vontade de morrer voltou toda…
Palavras que não aguento mais ouvir nem ler: o verbo “entregar” e o advérbio “literalmente”. E também os adjetivos “lugar” e “gatilho”. Se bem que lugar já está saindo um pouco da moda, embora atores e atrizes continuem usando muito em entrevistas a cada vez que lhes faltam palavras. O que não deixa de ser paradoxal, posto que sendo atores e atrizes deveriam ler muito e ter vasto vocabulário…
Para mim o pior da cantora Anitta não é nem ela mexer a raba, sentar onde quer que seja ou proferir palavrões sobre uma batida eletrônica repetitiva; e sim ela ter assassinado Mania de Você, uma das mais belas canções de Rita Lee. Aliás, uma das mais belas canções de amor da música popular brasileira…
(Ainda assim não consigo deixar de dar uma espiada de vez em quando na novela Mania de Você, da Globo, só para curtir a interpretação bipolar de Chay Suede como o delcioso vilão Mavi. Só dá ele. Até Carminha é mera escada. Uma das minhas manias desse verão)...
Estou me divertindo muito com a leitura de Vermelho, Branco e Sangue Azul, da americana Casey McQuiston, presente do querido Luis Artur Nunes. O livro narra o romance adolescente tórrido entre o filho da presidente dos Estados Unidos e o príncipe herdeiro da Inglaterra. Acho que nem preciso dizer que é pura ficção, né? Mas é daquelas em que a gente viaja como se fosse realidade. Os diálogos são super espirituosos e muito inteligentes. Bem bacana para um senhor como eu ter uma ideia de como andam pensando (e agindo) os jovens de hoje em dia…
No mais, voltei a ir ao cinema, hábito que tinha abandonado desde a pandemia. Tenho achado bem agradável esse programa, digamos, um tanto retrô. Em tempos de streaming, internet, redes sociais, vida acelerada, nada melhor do que se permitir ficar duas horas numa sala assistindo a um bom filme… Fica a dica! Bom janeiro a todos...
P.S. Tenho usado bastante os parênteses nos meus textos, notaram? Quem sabe não entra na moda? Rsrsrs…
Nas fotos, a capa do álbum de Rita Lee de 1979 e Chay Suedade enquanto Mavi.
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Amo seus textos, literalmente, entrega tudo e tem lugar de fala, um gatilho para o humor do meu dia.
ResponderExcluirKkkkkkk Odilon, seu comentário foi "icônico", para usar outra palavra da moda rsrsrs
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