segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
DEZEMBRO CHEGOU
Parece mentira que o mês de dezembro já chegou! Espero por ele o ano inteiro e, quando me dou conta, ele chegou assim, de sopetão. Depois de consultas ao ortopedista e vários exames fui diagnosticado com condropatia patelar no joelho direito. O que tem me impedido de fazer os exercícios aeróbicos, que são os meus preferidos do treino. É a idade chegando! Aliás, chamar o cárdio de aeróbico também é prova de idade avançada. Pelo menos eu disse treino e não malhação, o que seria uma outra prova. Confesso que tem sido um pouco difícil me acostumar com a ideia de que a idade começa a me apresentar limitações físicas. Sempre fui muito corporal, sempre fiz exercícios, atividades físicas, esportes. O próprio teatro, minha profissão, sempre me exigiu fisicamente. Perceber de repente que agora tenho dores que me impedem de fazer o que estive acostumado a fazer por uma vida inteira não está sendo fácil. Tenho feito sessões de fisioterapia e acupuntura três vezes por semana. Tenho me cansado com mais frequência, durmo e acordo cada vez mais cedo. O estranho é que por dentro ainda tenho a motivação da juventude. Não me sinto um senhor de sessenta e um anos. Me sinto, sei lá, um garoto de trinta. Sim, hoje em dia um homem de trinta é um garoto. Tenho tomado um suplemento de colágeno e ácido hialurônico para auxiliar na manutenção das funções articulares. E sigo em frente... O bom é que minha peça Caio em Revista ainda está em cartaz - mais três semanas no Mi Teatro - e encerro a temporada no dia 17 de dezembro. O que também é bom é que tenho saído, encontrado amigos, assistido a espetáculos, conhecido pessoas, enfim, me distraído. Fiquei encantado com o espetáculo A Última Entrevista de Marilia Gabriela, no qual ela e o filho Theodoro interpretam a si mesmos em um jogo cênico de grande teatralidade e linguagem provocadora. O que poderia ser uma DR constrangedora de mãe e filho surge como um corajoso, divertido e emocionante depoimento conduzido habilmente pela direção inspirada de Bruno Guida e pelo texto inteligentemente urdido por Michelle Ferreira. Com humor, autoderrisão e inteligência mãe e filho dão um show com suas performances que divertem e emocionam na medida certa. Uma surpresa agradabilíssima num ano em que gostei muito pouco das coisas a que assisti. Sem falar que fui acompahado da minha amiga Ilana Kaplan e pudemos aproveitar para colocar a conversa (melhor dizendo, as conversas) em dia. Ontem comecei a montar a decoração natalina aqui em casa. Fiquei com preguiça e parei na metade para descansar. Acabou ficando para hoje, quando também tive preguiça e deixei para amanhã... Enfim, logo, logo será Natal, minha decoração estará pronta e aproveito para desejar um bom mês de dezembro e um bom Natal a todos! A gente vai se falando por aqui...
Na foto, Gabi e Théo agradecem os calorosos e merecidos aplausos.
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Querido, envelhecer é uma merda, cada dia que passa demoro mais para levantar da cama, fico alongando o corpo até me sentir perfeitamente firme para ficar em pé.
ResponderExcluirFiquei com invejinha, esse espetáculo da Marília e do Theodoro era um dos que queria muito assistir na minha pretensa ida a SP, desde que li entrevistas e assisti Marília no programa da Astrid no GNT achei o tema muito pertinente e corajoso dos dois. Será que tem possibilidade de viajar?
Hoje aprendi uma nova palavra 'autoderrisão', não a conhecia mas já vou usar na vida afora. Obrigado.
Odilon, querido! O espetáculo é a melhor coisa do ano. Já estão viajando, esse fim de semana estarão em Porto Alegre. Sim, envelhecer is shit. Adoro autoderrisão, acho chic! Bjos
ExcluirSem que não refresca dizer que, enquanto as partes nos doem, é sinal que estamos vivos. Mesmo que, muitas vezes, não nos sintamos assim... rs! De fato, Gabi e Theodoro fizeram diferença nos palcos este ano.
ResponderExcluirFari, amado! Não é meishmo?? Bjos
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