domingo, 9 de fevereiro de 2020

FORÇA NO ESPANADOR

Olá, mês de fevereiro! Já estamos praticamente no carnaval. Digo praticamente porque já pipocam os blocos pelas cidades e o clima de folia se instala sorrateiramente... Desde que tudo se tornou irremediavelmente político (e, pior ainda, binário, bifásico, maniqueísta ou, para usar uma palavra que detesto, polarizado) resolvi exaltar as qualidades do prosaico e do banal como possibilidade de se levar a vida sem maior estresse (outra palavrinha que já deu). Pois bem, hoje o domingo se fez ameno e ensolarado e decidi encará-lo de frente como um velho e bom dono de casa... Assim sendo, logo cedo fui à feira para fazer as compras de mantimentos da semana e, na volta ao lar (para citar Harold Pinter), entreguei-me de rodo, balde e pano a uma rápida faxina. Não foi assim uma faxina "súplica", como dizia uma empregada da minha mãe quando limpava a casa com grande esmero. Sabe-se lá de onde ela tirou tal adjetivo. Sei que nunca esqueci. Nada comparado à grande limpeza que fiz no mês de dezembro para esperar minha irmã que veio passar o Natal conosco. Mesmo assim, embalado pelas canções de Paulinho da Viola do álbum Acústico MTV, pilotei o aspirador de pó cheio de nobreza & dignidade. Ah, coração leviano! Nem sabe o que fez do meu... E agora que fui um bom menino, as plantas estão aguadas e a casa já está um brinco, vou me dar de presente a maravilhosa muqueca de camarão do Ritz como merecido almoço dominical... Bom fevereiro a todos!
Na foto, a elegância discreta de Paulinho da Viola em momento acústico.

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