quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

JANEIRO AL MARE

O mês de janeiro entrou comme il faut: Dias de sol escaldante e céu azul junto ao mar de Ilhabela. Aliás, belíssima. Essa ilha me encanta. A cada vez ainda mais. E sempre. Fora todas as lindas praias ela tem matas, montanhas e cachoeiras. Falando em cachoeira, a mais recente descoberta foi a de Paquetá, no bairro do Bexiga, que tem três patamares e, no último, uma piscina natural de borda infinita que descortina o mar aberto. Indescritível. Incroyable, como dizem os franceses... Eu já havia passado o Natal por aqui e, depois de rápido bate-volta em São Paulo para o Ano Novo chez meu amigo Tude Bastos, voltamos para nos despedir desse paraíso antes de retomar as atividades na Pauliceia que não pode parar... E tudo tem sido da maneira que deve ser junto ao mar: Banhos de sol e de mar, muitos pores de sol, cachoeiras, drinks - o da vez é uma mistura que faço de sakê, lima da Pérsia, hortelã e gelo - passeios pela vila, almoços e jantares preparados à la maison e muita, muita música no iPad. O mar sempre me inspira a ouvir a velha e boa MPB. Agora redescubro Evinha, o nosso Michael Jackson (segundo moi mêmme). Voz de puro cristal, gospell, soul, rhythm and blues, bossa. Evinha canta de tudo e tudo fica lindo na voz de Evinha. Para os desavisados, ela estourou por aqui nos sessenta em festivais, ao lado dos irmãos no Trio Esperança e em carreira solo no começo dos setenta em vários álbums antológicos. Depois de rodar a Europa em turnê como crooner do maestro Paul Mauriat, casou-se com o pianista da orquestra e passou a residir na Cidade Luz em si, mais conhecida como Paris. Morro de inveja da Evinha... Experimente ouvir Something, dos Beatles, na voz dela. Puro deleite. E o tempo passa, navio de cruzeiro vai, navio de cruzeiro vem e la nave va. Ou, melhor dizendo, et vogue la navire... Aqui não tem televisão. Muito Netflix no iPad. Estou amando a série Wanderlust, de Nick Paine, com a maravilhosa Toni Collette. Atores ingleses, além de excelentes, tem rugas e dentes imperfeitos. Diferentemente dos americanos e brasileiros, todos feitos, retocados, preenchidos, botoxados e lipoesculpidos. A vida como ela é... Me paro por aqui. O calor grita. E logo teremos de voltar ao normal, com rotina, tv, trânsito, poluição, a velha nova política, o novo velho Brasil e tudo mais o que vem pela frente. À bientôt!
Nas fotos, o topo da cachoeira de Paquetá e a capa do antológico álbum Eva, de 1974, da cantora Evinha.

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