quarta-feira, 11 de outubro de 2017

ESCAPADA

Para quem vive numa cidade como São Paulo, dois ou três dias em contato com a natureza - de preferência de frente pro mar - fazem toda a diferença. Abrir a janela e ver o horizonte, ao invés de prédios, é uma benção. Respirar fundo o ar puro da Mata Atlântica, sentir a maresia, ouvir os pássaros cantar. Dois ou três dias assim valem por toda uma terapia. Ou fisioterapia. Ou qualquer outra forma de auto-cuidado a que se possa recorrer para aguentar o dia a dia puxado da grande metrópole. E o melhor, pertinho de casa, no litoral norte, a duas ou três horas da capital. Em Ilhabela que, a meu ver, deveria chamar-se Ilhabelíssima... Dois ou três dias sem 3g ou wi-fi - só que não - rsrsrs. Dois ou três dias sem saber da votação da acusação do Temer, da questão da independência da Cataluña ou mesmo da Bibi e do Rubinho... Dois ou três dias de muita música boa. De belas fotografias, de entardeceres inesquecíveis e amanheceres de tirar o fôlego. De drinks durante a semana sim pois, em dias como estes, dane-se a dieta. De casas de portas abertas com famílias na sala assistindo televisão. Noites de incontáveis estrelas e boêmia lua minguante. De incandescentes vagalumes a piscar na escuridão. E uma primavera que explode em buganvílias de cores insuspeitadas. Tão intensas que faltam nomes na cartela para definir. Quando a gente vê, tudo isso já passou e estamos nos preparando para voltar para casa. Mas foi tão incrivelmente lindo, que sempre valerá a pena voltar...
Na foto, detalhe da Praia do Julião na belíssima Ilhabela.

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