domingo, 1 de junho de 2014

PARA UM DOMINGO QUE FINDA

Hoje tive um domingo bastante atípico. Fiquei sozinho em casa o dia inteiro. Não fiz nada de produtivo. Nem ao menos me diverti, como me é comum nos domingos. O sol não deu as caras e soprava um vento tépido, como o prenúncio de uma chuva que também não veio. No térreo do edifício havia uma festa no salão. A mais silenciosa festa que jamais escutei. Ou melhor, não escutei. Bateria arrebenta, todo mundo comenta que feito pimenta o programa domingo esquenta. Não esquentou. Agora são seis horas da tarde e o domingo já está envolto na mais densa escuridão. Noite fechada. Pessoas deixam a festa silenciosa carregando lembrancinhas. Eu também carregarei na lembrança esse domingo vazio. Vazio, não. Cheio de melancolia. E com direito a trilha sonora, que não sou bobo nem nada. Ficará no compartimento "domingos" da minha memória. Lá onde estão guardados os domingos de chuva. De tédio. De solidão. Os domingos de Soledade, quando eu sonhava com domingos pelo mundo afora. E os domingos pelo mundo afora, quando eu sonhava voltar. Faz de conta que ainda é cedo. Tudo vai ficar por conta da emoção. Parte logo, domingo. Vai para o HD das lembranças nem que seja via bluetooth. Meu sinal tá fraco e a qualquer momento a conexão pode cair. Já não dá mais pra viver um sentimento sem sentido. Até o domingo que vem... Boa semana pra nós!

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