sábado, 8 de fevereiro de 2014

OPINIÃO

Na minha modestíssima opinião, ter opinião é algo realmente importante. Sobre o que quer que seja. Mas parece que hoje em dia estamos vivendo a Era da Opinião, assim mesmo, em maiúsculas, mesmo que a dita era seja a das opiniões furadas sobre assuntos de pouquíssima ou nenhuma relevância. E quando os assuntos são, de fato, relevantes, aí é que a coisa piora: Vira um festival de frases feitas e clichês que invariavelmente descamba para a violência e a truculência verbal. Sem falar no verdadeiro assassinato da língua portuguesa que vem de lambuja. Será que os inventores das - argh! - redes sociais imaginavam o inferno das torrentes de oponiões de todos sobre tudo que seriam despejadas diariamente sobre nós quando as criaram? Li outro dia, possivelmente em uma delas, as redes, que opinião é como bunda: Todo mundo tem. Mas nem por isso precisa sair dando por aí, néam? E o pior é que na sua grande maioria todas elas são repetições! Parece que as pessoas se reunem em um grande fórum para decidir sobre o quê irão opinar e quais serão as opiniões sobre cada um dos temas escolhidos. A favor ou contra o Big Brother, a favor ou contra a Dilma, os gays, os evangélicos, os homofóbicos, a pedofilia, a prostituição infantil, o PT, o PSDB, a reciclagem, os blogueiros, a redução da maioridade penal, a mídia ninja, o uso de esteroides anabolizantes, as manifestações, o Papa, a Globo, a Record, a Luciana Gimenez, o Danilo Gentili, o funk ostentação, o Rafinha Bastos, o Ratinho, a Luiza Marilac, o Pedro Bial e o Jodinei Aparecido Palhares, mais conhecido como Débora. Mas quem sou eu para falar? Olha o que estou fazendo aqui: Dando a minha bunda! Digo, opinião. Por isso podem me prender, podem me bater, podem até deixar-me sem comer... Na foto, uma opinião a ser levada em conta: A de Maria Bethânia, dirigida por Augusto Boal.

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