terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
PENSAMENTOS DE PRÉ-CARNAVAL
Não estou me guardando pra quando o carnaval chegar. Pelo contrário, me distribuo gratuitamente nas redes sociais. Que não andam lá muito sociais... Vejo máscaras e corpos purpurinados por todos os lados, mas nada de entrar no clima...
Tem dias que a vida não faz mesmo sentido. Imagine em dias de pré-carnaval, com jovens morrendo cada vez mais jovens e velhos, cada vez mais velhos. E eu, zebra, coluna do meio...
Remexo armários em busca de algo que deixei pra trás, não sei exatamente onde nem quando. Muito menos, o quê...
Frases sublinhadas em livros, algumas cartas, apontamentos de história sobrenatural, autógrafo de um velho poeta...
Nado de um lado a outro da piscina, como um peixe no aquário, porque não vejo sentido em ficar correndo no mesmo lugar sobre a esteira...
Na lanchonete, peço filé de frango, arroz integral e legumes salteados. Que bom que eles já são salteados, não precisam ficar eternamente sautés... O moço do caixa pergunta se estou em cartaz com algum espetáculo. Respondo: Quem me dera! Ele ri, confirmando o quanto sou mesmo engraçado, tal qual me vira no Avenida Club...
Alguém mais vai ficar em São Paulo no carnaval? Domingo vai ter baile de máscaras no Igrejinha, com marchinhas, quem é você adivinha e quetais. É claro que eu vou, nem que me sinta o velho na porta da Colombo, porque pensando morreu um burro em dias de pré-carnaval...
Na foto, meus pais no carnaval de 1948, em Soledade.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
FOREVER BABY
Eu quero peles, panos, cores mis. Porque em cima de moi, só confecções. Não, ela não cantou os versos acima, que pertencem à canção Eu Sou Baby Consuelo. Até porque ela não é mais Consuelo. É do Brasil. Mentira! Baby é Consuelo forever!! Fui assistir, ontem à noite, ao show Baby Sucessos, que seu filho Pedro dirigiu em homenagem aos sessenta anos da mãe. Eu, que já vi Baby tinindo trincando no final dos setenta, início dos oitenta, estava apreensivo antes do show começar. Mas, bastou soarem os primeiros acordes e Baby já disse a que veio. E veio com tudo, of cours. Sim, a menina dança. E como canta! Normalmente quando assisto a shows de artistas que foram meus ídolos no passado fico com aquele misto de tristeza e decepção por perceber que não cantam mais como antes. Invariavelmente colocam vários backing vocals cantando muito para disfarçar que estão praticamente falando as letras das canções. Esse definitivamente não é o caso da musa dos Novos Baianos, que canta sozinha, sem nenhum backing vocal, tudo no próprio gogó. E arrasa. Baby está em plena forma aos sessenta. Sua energia e performance são contagiantes do início ao fim do espetáculo, que tem duas horas de duração. E seu coração flutua nessa sua divindade... Pedro, filho de peixe, herdou o melhor do pai Pepeu: O talento, habilidade e domínio de seu instrumento. Conduz a mammy e a excelente banda com maestria sur la scène. Pra lá de evangélica, Baby é cósmica e, ao mesmo tempo, telúrica. Seu Deus soprou-lhe no ouvido que seguisse a direção do filho. E ela, sábia, obedeceu: Eu canto pra Deus proteger-te. Bom para nós, que fomos assistir a esse momento histórico da música popular brasileira. Acabou Chorare ao violão levou parte da platéia às lágrimas. Falo por mim, que me acabei. Mas era um choro alegre. De felicidade por estar ali. Envolvido nos seus braços, me sentindo um carneirinho... É o tipo de show que você sai com a alma lavada. E se você fecha o olho, depois, em casa, na cama, a menina ainda dança. Dentro da menina do olho. Imperdível...
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