quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

PENSAMENTOS DE PRÉ-CARNAVAL Não estou me guardando pra quando o carnaval chegar. Pelo contrário, me distribuo gratuitamente nas redes sociais. Que não andam lá muito sociais... Vejo máscaras e corpos purpurinados por todos os lados, mas nada de entrar no clima... Tem dias que a vida não faz mesmo sentido. Imagine em dias de pré-carnaval, com jovens morrendo cada vez mais jovens e velhos, cada vez mais velhos. E eu, zebra, coluna do meio... Remexo armários em busca de algo que deixei pra trás, não sei exatamente onde nem quando. Muito menos, o quê... Frases sublinhadas em livros, algumas cartas, apontamentos de história sobrenatural, autógrafo de um velho poeta... Nado de um lado a outro da piscina, como um peixe no aquário, porque não vejo sentido em ficar correndo no mesmo lugar sobre a esteira... Na lanchonete, peço filé de frango, arroz integral e legumes salteados. Que bom que eles já são salteados, não precisam ficar eternamente sautés... O moço do caixa pergunta se estou em cartaz com algum espetáculo. Respondo: Quem me dera! Ele ri, confirmando o quanto sou mesmo engraçado, tal qual me vira no Avenida Club... Alguém mais vai ficar em São Paulo no carnaval? Domingo vai ter baile de máscaras no Igrejinha, com marchinhas, quem é você adivinha e quetais. É claro que eu vou, nem que me sinta o velho na porta da Colombo, porque pensando morreu um burro em dias de pré-carnaval... Na foto, meus pais no carnaval de 1948, em Soledade.

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