quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


CASADO COM PARIS
Terminei essa semana a leitura do livro Casados com Paris, presente de minha amiga Rosana Silveira, que devorei paulatinamente, como um cupim silencioso vai transformando em renda portas e janelas sem que ninguém perceba. Não se trata de Kafka, embora a metáfora a ele remeta... O livro, de autoria de Paula McLain, narra a história do amor e do desamor de Ernest Hemingway e Hadley Richardson na Paris boêmia dos loucos anos vinte. Mais a minha cara, impossível. Tanto que, nos últimos capítulos, comecei a economizar a leitura para que durasse um pouco mais. É assim que me sinto em relação a essa cidade: Casado. Senão, pelo menos, um eterno enamorado. Paula McLain escreve na primeira pessoa, como se fosse a própria Senhora Hemingway vivendo o amor e a traição pelo homem e escritor com quem escolheu viver. Interessantíssimo para quem, como eu, já havia lido recentemente Paris é uma Festa, escrito pelo próprio Hemingway, que apresenta a sua visão daqueles anos inesquecíveis. Não à toa, ele nomeou o último capítulo de sua obra de Paris Continua Dentro de Nós... Teve também o filme de Woody Allen, Meia Noite em Paris. Parece que os anos vinte em Paris estão em alta. Saiu até um guia, E Foram Todos Para Paris, com os lugares que os escritores da época gostavam de frequentar. Agora estou um pouco perdido e, sem saber direito o que ler, retomei a leitura da autobiografia de Lobão, que tinha abandonado pelo cansaço que seu estilo me provoca. Ele é extremamente verborrágico e tudo é exageradamente adjetivado... Vamos ver no que vai dar. Saudades de Paris...
A foto, que reúne duas das minhas maiores paixões, Paris e leitura, é de um site só de imagens antigas da cidade, que me foi recomendado por meu amigo Guto de Castro.

3 comentários:

  1. Tenho um amigo que nasceu em Paris, viveu em SP até os 6 anos, voltou pra Paris e veio pra SP de volta aos 13. Hoje voltou a morar lá e, por acaso, esteve por aqui no Carnaval... Uma coisa bem interessante que ele comentou comigo é que Paris, ao contrário de outras cidades, tem um charme independente de comparação. Por exemplo: NY só é legal quando comparada com outras grandes capitais, porque ela redefine muitos conceitos. Paris, não. Paris você chega e ela te encanta porque você justamente esquece todas as outras cidades.

    (Por que comecei falando de SP? Porque ele chegou e a primeira coisa que falou foi: "Tinha esquecido de como SP está mal cuidada.")

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  2. De acordo, totalmente. Paris é única, pelo menos para mim. Adoraria conhecer esse seu amigo franco-brasileiro, se é que se pode chamá-lo assim! Obrigado pelo comentário, kontemporaxy.

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