sábado, 3 de julho de 2010


PASSIONE

Sempre fui noveleiro, desde criança. Costumo dizer que cresci assistindo às novelas de Janete Clair. Bom, cresci é maneira de falar. Quem me conhece sabe que tenho apenas um metro e sessenta. Mas as novelas me acompanham desde a mais tenra infância. Não é à toa que até hoje um dos meus ídolos é a Regina Duarte. Lembro das novelas "das dez", mais fortes, com conteúdo mais adulto. Saramandaia eu tinha até medo. Mas não perdia. E, claro, Nina, de Walter George Durst. Com minha ídola. Depois, com Escrava Isaura, me apaixonei por Lucélia. A paixão seguiu em Locomotivas e em várias outras. Cheguei a fazer um álbum com fotos dela que, aliás, guardo até hoje. Mas a Globo tinha me perdido. Faz tempo que não conseguia mais acompanhar nenhuma novela. Acho que ficaram todas chatas, previsíveis, iguais. Dependendo do autor, você já conhece a história e, inclusive, os personagens, pois os mesmos atores costumam fazer os mesmos tipos. Cada autor e diretor tem sua turma, os prediletos que sempre são escalados, e assim você já sabe como será a novela antes mesmo de ela começar. Mas é claro que há exceções. Em primeiríssimo lugar está a dupla Gilberto Braga e Ricardo Linhares, de cujas novelas não perco um só capítulo. E mesmo esses, às vezes, falham. Foi o caso de Celebridade. Mas, ainda assim, tinha a maravilhosa dupla de vilões formada por Claudia Abreu e Marcio Garcia, a cachorra e o michê. Inesquecíveis. Como a Bebel e o Olavo, de Paraíso Tropical. Depois vem, na ordem das minhas preferências, Silvio de Abreu. Adoro suas tramas policialescas que misturam drama e comédia, mistério e farsa, triler e pastelão. Pois não é que Passione me pegou? Tenho até mesmo gravado quando não posso assistir. Ta certo que tem o Toni Ramos fazendo mais um estrangeiro com o mesmo sotaque... Não sei porque colocam o Toni para fazer estrangeiros. Ele é um excelente ator, mas seu registro “estrangeiro” parece ser um só, sejam os personagens gregos, indianos, italianos ou de qualquer outra etnia. Mesmo assim vale a pena. Irene Ravache como a “socialite em plena ascensão”está impagável. Já Francisco Cuoco comprova o avesso da teoria do vinho. Mais não digo. Punto e basta. Por último, mas não menos importante, vem Miguel Falabella com suas deliciosas tramas almodovarianas e diálogos impagáveis. Não adianta, quem gosta de novela como eu sempre aproveita alguma coisa numa delas. Nem que seja um único personagem. Ah! Tem as trash também: Maria do Bairro, eu adorava. Marisol. Mutantes da Record. Vidas Opostas, também da Record. E os remakes: Adorei Anjo Mau e Pecado Capital. Agora vamos ver como será Ti-ti-ti...Lembram da turma da Lazinha?
Ontem li na Folha que Passione está com pouca audiência. Toda novela de que gosto sempre tem baixa audiência. Claro, o povo adora novelões ao estilo Glória Perez... Que eu, por sinal, detesto. Lembram de O Clone? Se um Murilo Benício já é puxado, imagina dois...

2 comentários:

  1. 1- a garota da foto é a própria regina?
    2- faz tempo que silvio de abreu tá muuuito melhor que gilberto braga. belíssima também foi uma excelente novela.
    3- uma pesquisa com mulheres noveleiras revelou que passione é considerada muito rápida, o que dificulta a sua compreensão... ou será que os neurônios delas é que são muito lentos?

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  2. Kkk...acho que sim, Cau. Muuito lentos. Sim, é Reginíssima, toda ela em Duarte que ilustra o post.

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