terça-feira, 13 de julho de 2010


COMPOSIÇÃO

Sempre gostei de escrever. Desde criança. Quando estava na escola, uma das minhas atividades curriculares preferidas era a composição. Estava incluída no conteúdo da matéria que, a princípio, se chamava Linguagem. Depois mudou para Língua Nacional e, mais tarde, para Português. Aliás, “matéria” também não deve mais se chamar assim... E a composição, se não me engano, agora se chama redação. Eu sempre gostei muito de português e literatura e ia muito bem nessas matérias sem precisar propriamente estudar. Só o meu interesse por elas já era o suficiente para que tivesse as melhores notas. Mas, voltando ao assunto do post, as composições versavam sobre os assuntos mais corriqueiros, normalmente relacionados às datas comemorativas, tais como: Minhas Férias, A Primavera, O Dia do Índio, da Bandeira, da Independência, das Mães e etc. Eu adorava. Era quando podia exibir meus conhecimentos extra-curriculares adquiridos através de outra atividade que me agradava muito: a leitura. Era com grande prazer que desenvolvia os textos e ficava esperando a professora devolve-los com nota máxima e elogios feitos diante da classe inteira. Lembro especialmente de uma professora, Dona Rosaura Riffel, de quem eu gostava muito e que, acredito, gostava muito de mim também. Uma vez, na sétima série, ela nos pediu para fazer uma composição sobre alguém que admirássemos muito, alguma pessoa, famosa ou não, de quem fossemos muito fãs ou que fosse importante para nós. E eu escrevi sobre ela, Dona Rosaura. Como sempre, a minha composição foi a melhor da classe e todos caíram em cima dizendo que só fora assim porque eu estava puxando o saco da professora. Imagino que para ela também não deva ter sido fácil...
Não tenho dúvida de que esse meu interesse precoce pela escrita até hoje me ajuda muito em quase tudo o que faço. Minha participação na Terça Insana, por exemplo. Acho que não teria conseguido ficar durante oito anos em um trabalho no qual uma das exigências principais é que o ator escreva se não tivesse essa, digamos, inclinação. Esse blog também. Aliás, o blog é uma forma de me fazer praticar esse hábito para que ele não se perca. E para que eu possa, com o tempo, vir a lançar meu livro que, inclusive, já estou escrevendo.

4 comentários:

  1. Enquando você foi elogiado na sua "composição" uma vez eu fui motivo de chacota na sala de aula por causa de uma dessas "Minhas Férias". Confesso que escrevi de qualquer jeito e tive a menor nota da sala. Minha professora, Pró Olga, disse que meu texto não seviria nem para embrulhar peixe. Dois anos depois me deparei com Pró Olga como jurada de um concurso de redação da escola no qual obtive o primeiro lugar. Ela chorou quando me entregou o prêmio, um Forte Apache, e me pediu desculpas na frente de todos. Então agradeci a bronca da época, disse que me serviu de incentivo para estudar e ler. Mas no fundo eu pensei, me vinguei dela! Ufa, desabafei.

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  2. Que gurizinho mais bonitinho! Adoro ler o que escreves.Estou estreando nos comentários...Acho que estou meio inibida

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  3. se não fosse esse texto, eu talvez nunca mais me lembrasse que "português" já foi "linguagem" e "redação" já foi "composição". roberto também é cultura e história.

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