segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

DEZEMBRE-SE

Ainda não havia saudado a chegada do mês de dezembro, de tão inebriado que ainda estou pelos dias felizes que vivi em Porto Alegre. Então vamos lá: Bem-vindo, mês de dezembro! Esse que tem sido um dos meus meses preferidos do ano, só perdendo para abril, evidentemente, que é o mês do meu aniversário. Em dezembro a gente finalmente percebe que o que tinha de acontecer no ano já aconteceu. Ou não. E se não aconteceu é porque não era o caso. É também quando se faz um balanço do ano. Para mim, o saldo desse balanço é invariavelmente positivo, posto que sou uma pessoa otimista, que foca no que deu certo. Dezembro marca também o início do verão, essa que já foi em outros tempos minha estação preferida. Agora sou mais dado a meios termos, como outonos e primaveras... Gosto mais de mim em dezembro, acho que me torno uma pessoa melhor. Ao olhar para trás analisando o ano que termina percebo que cresci em diversos aspectos. E que ainda tenho muito para crescer e aprender, malgrado o fim que se aproxima. Hoje pela manhã na academia, ao cumprimentar um colega que não via há semanas, eu disse: Que bom que chegamos até aqui! Ao que ele respondeu: Um ano a menos, agora não é mais um ano a mais... Fiquei pensando sobre o que ouvi e respondi em seguida: Se a gente for pensar assim, é um ano a menos desde que nascemos... Meu otimismo ainda me surpreende rsrs... É claro que quem, como eu, já passou dos sessenta, não tem mais a vida inteira pela frente. Mas ainda tem um bom bocado! Eu sigo vivendo um dia de cada vez. E toda manhã, ao acordar, agradeço a Deus por estar vivo, por viver mais um dia com saúde e feliz. Se for o último, paciência. Não há muito que se possa fazer quanto a isso... Voltando ao mês de dezembro, sempre me dedico a fazer certas coisas em casa nessa época do ano. Como limpar a cristaleira que herdei da minha mãe, assim como todos os copos, taças e objetos que ela abriga no seu interior. É todo um ritual: Coloco uma música para tocar, tiro tudo de dentro, limpo as prateleiras e os vidros, lavo tudo e recoloco tudo de volta no seu devido lugar. É claro que a cada ano os lugares das coisas mudam rsrs. Mas a gente também não muda a cada ano que passa? Enquanto faço isso vou lembrando dos dezembros da minha infância, quando eu entrava de férias e passava a frequentar a piscina do clube; quando meu pai mandava pintar a casa; quando nossa vizinha Doroty, que era professora de artes, vinha pintar motivos natalinos com tinta guache no vidro da porta da nossa casa; e quando toda a minha rua, a principal da cidade, era ornamentada com luzinhas coloridas que ziguezagueavam da entrada da cidade até a Vila Ipiranga... Tenho quase certeza de que já contei tudo isso aqui no blog. O que não deixa de ser também mais um ritual de dezembro. Agora que estou encerrando o post me dou conta de que hoje é o dia de Nossa Senhora da Conceição, dia que minha mãe montava a árvore de Natal. Ou o pinheirinho, como dizíamos no sul. E para terminar citando Caio Fernando Abreu, "olhando essas antigas fotografias me dou conta de que a árvore não era dessas de plástico de hoje em dia, mas de pinheiro autêntico"... Desejo um excelente mês de dezembro a todos! Na foto, Caio Fernando Abreu e seu irmão, que ilustra o texto Torturas de Natal, da Revista AZ, que faz parte do meu solo Caio em Revista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário