quarta-feira, 10 de novembro de 2021

RITA LEE FOI PASSEAR

Numa agradável tarde de primavera fui até o MIS visitar a exposição Sansung Rock Exhibition Rita Lee, que homenageia a nossa rainha do rock e tem curadoria do filho João Lee. Sou fã de Rita desde a mais tenra idade. Não apenas da cantora, compositora, instrumentista e escritora, mas do combo Rita Lee. Com tudo o que ela representa para a música, a cultura, a sociedade brasileira. Sou fã de Rita como um todo, Roberto de Carvalho incluído. E como foi bom passear pela trajetória artística dessa irreverente musa do pop. A exposição é linda, cativante desde a entrada. A gente sente a presença de Rita em cada detalhe. São muitos figurinos de shows, de discos e de programas de televisão. Inclusive do TvLeezão, que ela apresentava na extinta MTV. Mas não é só isso. Tem instrumentos musicais, manuscritos com letras de músicas nos caderninhos pessoais de Rita, reportagens, vídeos, objetos pessoais, enfim, uma infinidade de coisas que compõem uma pequena amostra do encantador universo da artista. É como se a gente desse um mergulho rápido na vida e na obra de Rita. Digo rápido por que a exposição não é tão grande e a gente consegue percorrê-la em pouco tempo. Mas é gratificante. E divertida. Como a própria. Estão lá os icônicos figurinos usados por Rita no show Refestança, que fez ao lado de Gil, e os do show Babilônia, de 1978, assim como o da capa do álbum Lança Perfume, que foi copiado por Elis no show Trem Azul. As famosas botas prateadas de plataforma que Rita afanou na loja Biba, em Londres, e o vestido de noiva usado por Ângela Diniz na novela Sheik de Agadir, que Rita pediu emprestado ao figurino da Globo e nunca devolveu. É muito bom ver esses itens expostos depois de ter lido a sua autobiografia, na qual ela conta todas essas histórias. Muitas fotos das diversas fases da artista e da Rita criança, com a família. O piano em que sua mãe Chesa tocava marchinhas de carnaval e fazia serenatas na infância de Rita na Vila Mariana. A flauta transversa de Rita. O incrível costeiro de sete cabeças usado por ela em Santa Rita de Sampa. As imensas pernas com sapatos de salto que compunham o cenário do show A Marca da Zorra... A gente percorre todos os ambientes ouvindo os sucessos de Rita. E sai de lá cantarolando rua afora. Como se andasse nas nuvens. E desejando ter feito parte dessa história tão rica e bela. Eu saí muito feliz por ter tido a sorte de acompanhar grande parte dessa extensa e relevante carreira. Como fã. Discípulo. Pupilo. Descendente. Apaixonado... Há muito tempo uma mulher sentou-se e leu na bola de cristal que uma menina loura ia vir de uma cidade industrial cantando ié-ié-ié... A menina era ela. Viva Rita Lee! Nas fotos, Rita na fachada do MIS, o piano de Chesa, a flauta de Rita e a própria em várias capas de revista.

2 comentários:

  1. Vi umas fotos dessa exposição, confesso que fiquei bastante curioso. Lembra daquela exposição das roupas da Hebe que fomos ver?

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  2. Sim, Odilon! Como esquecer Hebe... Fui tb numa do David Bowie no MIS, maravilhosa! Bjo.

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