segunda-feira, 21 de março de 2016

GAÚCHO PAULISTANO

No dia 21 de março de 1996 eu chegava com uma pequena mala na rodoviária de São Paulo para começar a ensaiar o espetáculo O Pequeno Mago, do Grupo XPTO. Ainda não havia para mim, Rita Lee, a tua mais completa tradução, mas já sabia que seria definitivo para mim, Rita Lee, viver na capital paulista. Tinha estado lá um mês antes, com minha amiga Marione Reckziegel, tentando vender o show que fazíamos na ocasião: Amor À La Carte. Éramos a dupla The Love Singers e Porto Alegre já estava ficando pequena para nós... Não conseguimos nada em São Paulo com os Love Singers e voltamos para o sul. Mas fiz contatos que me valeram voltar dias depois para ficar de vez na Pauliceia. Hoje faz, portanto, vinte anos que me tornei um paulistano. E, ingrato que sou, estou passando esta importante data no Rio de Janeiro. Mas aproveito para esclarecer que o Rio será sempre en passent para mim. E estar morando uns meses aqui me faz ainda mais paulistano, pelo contraste. Minha casa é São Paulo. Minha cara é São Paulo. São Paulo é muitas, é diversa, é plural. É palco de todas as manifestações, de todas as expressões. A todos recebe e a todos agrega. Em São Paulo, de noite, eu rondo a cidade a te procurar. Tenho a liberdade de me sentir no Japão. E muitos jardins para passear. Hoje é dia de comemorar e agradecer. É uma pena mas não posso ficar nem mais um minuto com vocês. Sinto muito, mas não pode ser. Olha as pessoas descendo a Ladeira da Memória até o Vale do Anhangabaú! Ainda bem que é sempre lindo andar na cidade de São Paulo...
Na foto, o Apóstolo Paulo e, ao fundo, a Catedral da Sé.

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