sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

SANDRIX

Ontem à noite, depois de muito tempo, nos reencontramos. Você estava linda, vestia roupas coloridas e tinha baton vermelho nos lábios. Quando te vi ali, na minha frente, tão próxima e tão real, a princípio não acreditei. Súbito fui preenchido por um misto de saudade finalmente saciada e uma enorme ternura no coração. Logo ele, o coração, que nos últimos dias andava partido, descompassado no peito que doía. Quando você me viu e abriu seu sorriso que tanto me iluminava, me dei conta que esse encontro não podia ser real, a menos que eu tivesse voltado no tempo. Nos abraçamos e eu cheguei a sentir seu perfume, exatamente como costumava ser. Me agarrei na hipótese da volta ao passado e, imbuído dela, pensava em algo seu que pudesse pegar para provar às pessoas que de fato nos encontráramos. Um colar ou pulseira ou anel, eu te olhava buscando o que de você reter em mim quando subitamente acordei: Com lágrimas nos olhos e seu perfume retido na memória olfativa do coração. Sim, nesses casos, o coração tem olfato. E gosto e tato também. Lembrei que você sempre dizia, quando eu te pedia algo: Chora, Robertinho, chora que eu faço. Lembrei também que eu te chamava de Sandrix... Ainda bem que ao menos em sonho, vez em quando, você me visita. E o que quer que isso possa significar, vindo de você, de onde for, só pode ser bom.
Na foto, Sandrinha et moi nos bastidores do Avenida Clube, em São Paulo.

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