quarta-feira, 27 de novembro de 2013

UM BONDE CHAMADO BLUE JASMINE

Blanche du Bois à beira de um ataque de nervos. Assim é a Jasmine de Cate Blanchett no novo filme de Woody Allen. Em algum universo possível entre Elia Kazan e Pedro Almodovar. Cuja base, évidemment, é Tennessee Williams, dramaturgo americano premiado com o Pulitzer por Um Bonde Chamado Desejo e Gata em Teto de Zinco Quente. (Os que tem menos de trinta anos, vale dar um Google). This is Jasmine: Dependendo da bondade de estranhos em pit stop na casa da irmã com direito a namorado grosseirão à la Stanley Kowalski. Em pleno colapso nervoso regado a vodka e barbitúricos. Prato cheio para uma grande atriz e armadilha fácil para jogar qualquer outra, nem tão grande, no universo dos clichês. Cate tira de letra. Arrasa. Dá show. É assim que se faz. E não me venham mais falar do Félix de Mateus Solano, ok? A dica desse fim de primavera quase verão é mergulhar no escuro do cinema e se deixar levar pelo drama de Jeanette. Digo, Jasmine. Porque as primeiras classes de hoje não são mais como as de antigamente. Porque ao som de Louis Armstrong é melhor. Porque tomando um martíni é mais fácil. Porque silêncio é fundamental. Enfim, porque ninguém é obrigado... Na foto, Cate Blanchett mergulhada no drama de Jasmine

Um comentário:

  1. "Enfim, porque ninguém é obrigado..." Maravilhosa Blanche pós moderna!!! Bjks!

    ResponderExcluir