segunda-feira, 25 de novembro de 2013

LITA REE

Minha paixão per ela é antiga. Vem desde os meus doze anos de idade, quando enlouqueci com o LP Fruto Proibido, que trazia entre suas faixas aquele que seria o hino de todos os desajustados: Ovelha Negra. Desde então sou louco por Rita Lee. Na década de oitenta, por exemplo, não havia nada melhor do que não fazer nada só pra deitar e rolar ouvindo suas canções. Eu sou daqueles que morreram de ciúmes quando ela casou com Roberto de Carvalho. E agora, quase quarenta anos depois, ela reacende a chama dessa paixão com suas Storynhas ilustradas por Laerte. Uma maneira divertida e inteligente de entrar um pouco que seja em contato com o universo fascinante que é a cabeça de Rita Lee. Ou Lita Ree, como ela se refere a si própria nas storynhas. Rita é um liquidificador de tendências, um mixer de referências, um processador de idéias, imagens e estilos. Nada mais original e autêntico, filha que é da Pauliceia Tropicalista. O livro é curto, as storynhas idem. Estou lendo petit à petit, economizando, prolongando ao máximo o prazer dessa aventura. Preciso dizer que esse pequeno tesouro me foi presenteado por minha amiga Agnes Zuliani, a quem serei eternamente grato. Quem por ventura me ler, por favor, não deixe de ler a Lita. Digo, Rita. Encerro citando a própria, que já no prefácio encanta deveras o leitor ao avisar: "Meu estilo é mongo-ginasiano. Sou mediante, adepta de acêntos, hí-fens e trëmas. A nova ortografia ñ me representa. Qdo a ditadura é um fato, a resistência é um dever". E por aí vai... Na foto, Rita e Laerte embalam e babam, digo, embabam o baby book.

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