domingo, 2 de setembro de 2018

SEPTEMBER-SONG

Que bom que setembro chegou e a boa nova anda nos campos... O mês já entrou com sol e calor antecipando a primavera. E trouxe uma das atrações culturais mais esperadas por mim: A companhia de dança DCA, do coreógrafo francês Philippe Decouflé, no Teatro Alfa. Por incrível que pareça eu, que morei em Paris no começo dos anos noventa, só conheci o trabalho de Decouflé aqui em São Paulo. Mais precisamente em 1996, ano em que mudei para a capital paulista. Mais precisamente ainda, no festival de teatro da saudosa Ruth Escobar. Que naquele ano apresentou Decodex no palco do Teatro Municipal. Foi amor à primeira vista. Fora os trabalhos de criação da companhia, assisti também à direção de Decouflé para o cabaré Crazy Horse de Paris em 2010: Désirs. Que foi, devo dizer, inesquecível. Ou, como dizem os franceses, inoubliable... Agora ele traz Nouvelles Pieces Courtes, sua mais recente criação. Essas trazem a inequívoca marca da sua formação. Decouflé é formado pela École Nationale du Cirque de Annie Fratellini onde, modestamente, euzinho também estudei quando morei na Cidade Luz. Sua dança teatro é profundamente marcada pela figura do clown. As altas doses de humor que essas "peças curtas" apresentam também trazem a marca Fratellini. Fico tão feliz e emocionado de ver tantos pontos em comum, tantas referências e identificações sobre a cena, que me fogem as palavras. Só posso recomendar que assistam. Aliás, nem isso eu posso fazer, posto que hoje foi a última apresentação. Então façam isso: Se informem, procurem saber, joguem no Google, vão a Paris, perguntem à Siri: Who the hell is Philippe Decouflé. A resposta, eu garanto, irá agradar. Ele representa o que há de mais moderno e criativo na dança teatro contemporânea. Ah, o título do post refere-se à canção de Kurt Weill, September-Song...
Na foto, a companhia recebe os merecidos aplausos, Philippe em si ao centro.

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