quinta-feira, 21 de abril de 2016

VIÚVA, PORÉM HONESTA

Ontem à noite fui assistir a uma leitura dramática da peça Viúva, Porém Honesta, do genial Nelson Rodrigues. Com direção e coordenação de Rose Abdallah, a leitura faz parte de um ciclo que está sendo apresentado no Gabinete de Leitura Guilherme Araújo. Guilherme foi um importante produtor musical, diretor artístico e empresário que doou sua casa em Ipanema para que fosse transformada em um centro cultural. Acho chique. Acho digno. A casa é encantadora, cheia de fotografias de Guilherme ao lado de importantes figuras do meio artístico como Caetano Veloso e Gal Costa, entre outros. Conheci Rose Abdallah na leitura de A Caravana da Ilusão, que foi dirigida por mim na Casa da Gávea, em março desse ano. Rose leu esse Nelson com o Coletivo Alma Não Tem Cor e as participações especialíssimas de Rogéria e Thiago Lacerda. Thiago está em um ótimo momento de sua carreira, cresceu muito como ator. Acabei de vê-lo em Macbeth e fiquei bastante impressionado. Além do talento, tem porte, voz, carisma e beleza inquestionáveis. E Rogéria é Rogéria. Ma-ra-vi-lho-sa. Sua leitura de Madame Cri Cri foi um deleite. Ela parecia já conhecer de cor e salteado todas as nuances da personagem. Nelson Rodrigues segue sendo o nosso grande dramaturgo. Visionário e atualíssimo. A peça, apesar de já ter mais de cinquenta anos, parece ter sido escrita no presente. Saí emocionado. Do lado de fora, a lua clareava as ruas de Ipanema.
Nas fotos, Guilherme Araújo em frente à casa de Ipanema, a leitura em si e selinho em Rogéria após a apresentação.

3 comentários:

  1. Que ótimo, fiquei com uma pontinha e inveja.

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  2. Delícia de noite amado, agradeço todo carinho. Teatro pulsando nas veias. Espero contar com você dirigindo ou lendo com o Coletivo Alma Não Tem Cor.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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