sábado, 17 de março de 2012



17 DE MARÇO
Não adianta. O tempo passa e eu não esqueço da Elis. Desde que ela se foi, nos já longínquos anos oitenta, que mantenho essa espécie de ritual que é comemorar o dia dos seus anos. Se estivesse viva, hoje Elis Regina completaria sessenta e sete anos. E, apesar de ter morrido precocemente, aos trinta e sete, ela deixou uma vasta obra, repleta de pérolas e interpretações até hoje insuperáveis. Seu álbum Elis & Tom, que gravou com Tom Jobim interpretando as canções dele, é histórico e impecável. Uma verdadeira obra-prima. Isso para falar de um entre as dezenas de álbuns que gravou. Seu filho João Marcelo me disse uma vez que Elis gravava tudo de prima. O que era para ser apenas voz guia ficava tão irretocavelmente perfeito, que acabava sendo a versão final. Tenho especial carinho pelas duas fotos que ilustram o post. Eu tinha dezesseis para dezessete anos e fui ao Rio de Janeiro visitar minha irmã Raquél, que estava morando lá. Aproveitei o feriado de Páscoa para conhecer a Cidade Maravilhosa e pedi à minha irmã que comprasse os ingressos para o show de Elis, Saudade do Brasil, que estava em cartaz no Canecão. Foi durante a apresentação desse que considero o melhor show de música que jamais assisti que fiz as fotos, com minha Olympus Trip 35, com flash a pilha, que tinha que ficar esperando carregar... Viva Elis! Vivam as cantoras que cantam de verdade! E que venham outras, pois o posto de maior cantora do Brasil ainda não foi ocupado...
Nas fotos, pela ordem: Elis cantando Canção da América e As Aparências Enganam.

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