quarta-feira, 6 de outubro de 2010


AMARRADÃO
Li outro dia na internet uma declaração de Romário: "Estou amarradão na política". Fiquei com isso na cabeça nos últimos dias. É muito bom estar amarradão, no que quer que seja. Até mesmo na política. Estar amarradão é estar, de certa forma, apaixonado. E a paixão, todos sabemos, é o que move a vida. É o que nos move. Libera endorfinas e serotoninas. Os dependentes químicos, adictos em geral, que me perdoem, mas não tem droga melhor. E não precisa se estar, necessariamente, apaixonado por alguém. Pode ser por alguéns. Por uma cidade, um projeto, uma idéia. Ou, melhor ainda, por tudo isso ao mesmo tempo, que seria a paixão pela vida. Divago andando pelas ruas de Porto Alegre, revendo lugares, ruas, entardeceres, pessoas. Velhos e novos amigos. A primavera gaúcha é bela, iluminada, e tem clima ameno. Quente no sol e friozinho na sombra. Adoro. Saio do dentista e ando pelas ruas do bairro de Petrópolis escutando Thiago Pethit no diskman: Velho! O velho refere-se ao diskman, não ao Thiago. Nem a mim...
Estar amarradão é transformar-se só de pensar no objeto da amarração. Só de lembrar. A lembrança, por si só, torna palpável o sentimento, fisicaliza a emoção. Altera batimentos. Arrepia a pele. Eriça a alma. Eu estou amarradão. Amarradão nesse momento que estou vivendo. Nos projetos que estou desenvolvendo. Nas pessoas que estou reencontrando e nas que estou conhecendo agora. Acho que eu sou um amarradão... Valeu, Romário!
Na foto, por do sol visto da sacada da casa da minha irmã Raquél.

Um comentário:

  1. São Paulo tem muitas delicias, mas o por do sol aqui é maravilhoso, me "amarro" também.bjos

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