terça-feira, 29 de dezembro de 2020
ÇA ME MANQUE
domingo, 27 de dezembro de 2020
RÉVEILLON
sábado, 19 de dezembro de 2020
BODAS DE AÇO
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
BARES
quinta-feira, 10 de dezembro de 2020
OUTROS DEZEMBROS
sábado, 5 de dezembro de 2020
DEZEMBRO PANDÊMICO
domingo, 22 de novembro de 2020
LÁ VOU EU
quarta-feira, 4 de novembro de 2020
SEGREDOS
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
DIA NACIONAL DO LIVRO
sábado, 17 de outubro de 2020
RECONECTE-ME
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
RATCHED
domingo, 20 de setembro de 2020
VETERANOS
sábado, 12 de setembro de 2020
CAIO DE NOVO NO FRONT
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
LINA FALA
quinta-feira, 27 de agosto de 2020
FLÂNEUR
domingo, 23 de agosto de 2020
MURAKAMI ET MOI
sábado, 1 de agosto de 2020
LINA
Oi! Eu sou a Lina, uma gatinha rajada. Hoje é meu
aniversário de seis meses e por isso eu pedi ao meu pai que me deixasse
escrever aqui no blog dele. Eu tenho dois pais, o Roberto e o Weidy. Semana que
vem, o dia dos pais vai ser uma festa para mim. Vou comemorar com dois enquanto
muitos felinos como eu não tem nem ao menos um... Falando em pais, fiquei
chocada com a reação de alguns humanos pelo fato da Natura ter colocado o
Thammy, filho da Gretchen, na campanha de dia dos pais. Só por ele ser um homem
trans. Que atraso! Nós gatos somos bem mais evoluídos neste aspecto. Aliás, em
vários outros também... Mas isso não vem ao caso agora. Hoje é um dia festivo
para mim. Graças aos meus pais eu tenho um lar, cheio de amor e outras
delícias. Nasci na rua, mais especificamente dentro de um carro abandonado,
onde minha mãe deu à luz quatro gatinhas. Minhas três irmãs e eu fomos
recolhidas pelas donas do pet shop que fica aqui perto. Elas castraram minha
mãe e a devolveram à rua onde ela mora. E colocaram nós quatro para adoção.
Claro que devidamente vermifugadas, castradas e vacinadas. Meus pais já tinham
encomendado ao pet shop uma gatinha que fosse exatamente como eu sou: Rajada
feito um tigrinho. E dengosa. Portanto, fui planejada e muito desejada. Como
sou até hoje, dia do meu aniversário de seis meses. Mas já estou me repetindo,
não? Rsrsrs... É que ainda não tenho muita prática com a escrita. Eu raramente
fico sozinha em casa, meus pais estão sempre comigo. Eles dizem que estão em
isolamento social por causa de uma pandemia. Ainda não entendi direito o que
isso quer dizer, mas sei que gosto muito de tê-los sempre comigo. Nós brincamos,
dormimos, assistimos televisão, tomamos sol na sacada, a vida aqui em casa é
bastante animada. Fico só imaginando como será depois que a pandemia passar... Toda
vez que vão sair de casa eles colocam máscaras, ficam muito engraçados. E
quando chegam limpam tudo com álcool e ficam um tempão lavando tudo que
compraram com água e sabão. Esses humanos... Bom, por enquanto é isso. Talvez
eu volte a praticar a escrita aqui no blog, se o meu pai deixar. Quem sabe até
eu me torne uma gata escritora? Ou uma escritora gata... Agora vou curtir o dia
do meu aniversário. Bom mês de agosto a todos!
domingo, 26 de julho de 2020
DIA DO ESCRITOR
Ontem foi o dia do escritor. Um dia desses, por si só, já mereceria um post. Mas não fui capaz de fazê-lo. Fiquei refletindo sobre essa profissão que tanto me encanta, com a qual flerto tanto, sonho tanto e que ainda não consegui transformar em realidade. Cheguei à conclusão que escrever me fascina porque ler me fascina. Os livros me descortinaram possibilidades quando o meu mundo ainda nem janelas tinha. Quanto mais cortinas! Ler me expande. Escrever me limita: À forma, à gramática, aos temas. Ainda assim, amo escrever. Não é à toa que mantenho esse blog há tanto tempo. Embora ande escrevendo bem menos do que outrora... Também fiquei pensando nos escritores e escritoras que admiro. No quanto me influenciaram e ainda me influenciam. Pensei nos vivos, como Murakami, Mark Levy, Ruy Castro, e nos que já nos deixaram, como Clarice e Caio e, mais recentemente, Antonio Bivar, um dos meus preferidos... Lembrei da viagem a Key West que fiz com minha irmã Rita e da visita que fizemos à casa de Ernest Hemingway. E, claro, me veio à lembrança o aposento da casa que mais me enlevou: A sala de trabalho do escritor. Saí de lá sonhando em ter um lugar no mundo só para escrever... Curiosamente, esse período de quarentena tem me feito ler e escrever menos do que lia e escrevia habitualmente. Embora já tenha lido nesses poucos meses mais do que muita gente leu a vida inteira. Inclua-se até mesmo um best-seller, logo eu, tão avesso a esse tipo de leitura. Mas nada como superar preconceitos, não é verdade? Trata-se de Garota Exemplar, de Gillian Flynn, que vale ser citado aqui pela incrível capacidade da autora de prender a atenção do leitor com incontáveis reviravoltas na trama. Lembrei do teatro mágico de Hermann Hesse em O Lobo da Estepe. Da concierge Renée de A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery. Do Trem Noturno para Lisboa, de Peter Bieri, sob o pseudônimo de Pascal Mercier. E, évidemment, não poderia deixar de lembrar e citar O Saci, de Monteiro Lobato, responsável por despertar em mim a paixão pelos livros logo cedo... Quando dei por mim, o dia do escritor chegara ao fim e eu não havia escrito nada. Trato de reparar, nesse domingo cinzento, minha falha de ontem. Espero que mesmo atrasada, esta minha singela homenagem desperte em alguém o hábito da leitura e da escrita. Ou de um dos dois, pelo menos. E eu já terei cumprido feliz o meu intento. Um grande viva a todos os escritores! Nas fotos, a musa Clarice Lispector e a sala de trabalho de Ernest Hemingway em Key West.
quinta-feira, 16 de julho de 2020
TOUJOURS VANIA
domingo, 5 de julho de 2020
TRISTE DOMINGO
domingo, 28 de junho de 2020
ZEZÉ ET MOI
Ontem foi o aniversário de Zezé Motta. A diva completou setenta e seis anos de idade. Digo diva no sentido maior e mais adequado que o termo - hoje tão desgastado - possa ter. Pois Zezé é merecedora dele. Fiquei pensando no quanto admiro essa grande artista. E no quão antiga é a minha paixão por ela. Eu devia ter treze anos de idade quando assisti ao filme Xica da Silva no cinema de Soledade. Que coincidentemente se chamava Cine Teatro Zezé, em homenagem à filha do proprietário, Maria José. Não sei como consegui entrar na sala de projeção, pois à época havia forte censura e quase tudo era proibido para menores de dezoito anos. Sei que foi amor ao primeiro frame. A figura de Zezé me encantou de tal maneira que começou ali uma admiração que se mantém através de décadas. Lembro que no ano seguinte fui morar em Porto Alegre e, mal chegando na cidade, fui até um cinema que exibia a película e roubei um cartaz, que emoldurei e pendurei na parede do meu quarto. Estávamos em 1978 e naquele mesmo ano Zezé se apresentou no Teatro Leopoldina com a Banda Mar Revolto da Bahia. Eu já tinha catorze anos, mas parecia um menininho de dez ou doze no máximo. Fiquei bastante impressionado com a performance de Zezé ao vivo no palco, principalmente cantando Postal de Amor, de Fagner, em que ela interpretava uma louca que chegava a babar em cena. Inesquecível... Depois do show fui ao camarim, tirei uma foto com minha ídola, que vestia um robe de seda vermelho que nunca esqueci. No dia seguinte mandei as fotos do show para revelar e justamente a foto minha com ela não saiu. Não tive dúvida, voltei ao local da apresentação e a esperei na saída dos artistas, na garagem do teatro, onde finalmente obtive minha primeira foto com Zezé. E assim foi em todas as vezes que estive com ela. Hoje tenho fotos com Zezé ao longo de minhas diversas idades, fases, cabelos longos e curtos, pintados e grisalhos... Tudo isso é para homenagear essa dama da canção, das telas e do teatro. Numa das inesquecíveis vezes que estive com ela, no aniversário de Marília Pera - outra grande diva, já saudosa - elas brindaram os presentes na festa com um dueto de Sem Fantasia, de Chico Buarque, que as duas cantavam na peça Roda Viva, do mesmo autor, em que atuaram juntas. Desejo longa vida a essa mulher de inestimável importância na cultura brasileira e na minha modesta vidinha. Como ela canta em Prazer, Zezé: Uma rainha, uma escrava, uma mulher. Uma mistura de raça e cor, uma vida dura mas cheia de sabor...
sábado, 20 de junho de 2020
NOITE DE SÁBADO
quinta-feira, 4 de junho de 2020
EU
Nas fotos, a capa de Eu e Elton conversando com a amiga Melina (era assim que ele chamava Freddie Mercury) no backstage de um show.
quinta-feira, 28 de maio de 2020
NUDEZ
Na foto eu, como vim ao mundo, pela lente do fotógrafo Leekyung Kim.
terça-feira, 19 de maio de 2020
SINAL FECHADO
Há dias em que o parágrafo acima resume meu estado de espírito durante esse tempo de confinamento. Felizmente, outro tipo de ideias e sentimentos também me invadem, alternadamente, quando, por exemplo, admiro entardeceres da sacada do apartamento enquanto bebo vinho e ouço música. E assim vou levando...
Quando saio à rua rapidamente para fazer compras e vejo os lugares todos fechados, vazios, as pessoas usando máscaras, tenho a sensação de estar vivendo em uma daquelas peças do teatro do absurdo, como O Rinoceronte, de Ionesco...
No começo, duvidei. Mas quando vi a porta de ferro do Ritz abaixada, a ficha caiu. Aquilo não fechava desde 1981! Não tinha mais como negar, o confinamento já era uma realidade. A Rua Augusta vazia à luz do meio-dia. Uma fila serpenteando em frente ao supermercado fazia o Santa Luzia parecer um aeroporto. Nem uma única flor ornamentava os jardins e suas alamedas desertas...
Me vem à memória os versos da canção Sinal Fechado, de Paulinho da Viola. Um diálogo travado rapidamente por duas pessoas que, em seus carros, esperam o sinal abrir para seguirem seus rumos:
-Olá, como vai?
-Eu vou indo e você, tudo bem?
-Tudo bem, eu vou indo correndo pegar meu lugar no futuro. E você?
-Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo. Quem sabe?
Meu esforço nesse momento está concentrado em não perder este meio de comunicação e de contato: Meu blog. Me recuso a deixá-lo morrer. Mesmo que apenas uma vez por mês eu hei de dar as caras por aqui. Ainda que tenha pouco a dizer...
-Me perdoe a pressa. É a alma dos nossos negócios.
-Qual! Não tem de quê. Eu também só ando a cem...
Na foto, entardecer na sacada do apartamento.
domingo, 3 de maio de 2020
PASSAGEM DAS HORAS
ALMODÓVAR MEXICANO – Estou apaixonado pela série La Casa de las Flores. Uma espécie de novela mexicana, bem ao estilo de Maria do Bairro, com toques de Almodóvar. Quando digo “toques” de Almodóvar estou sendo super discreto. O correto seria dizer “desbragadamente inspirada” em. Primeiro, pelo tom debochado e cômico com que o diretor aborda os temas dramáticos. Depois, por uma série de fatores que preenchem os episódios: Bichas, travestis, transexuais, ninfomaníacos, órfãos, michês, streapers, traficantes, viciados, adúlteros e, evidentemente, cenários com cores saturadas. Sem falar na exaltação à cafonice e ao kitsch, que adoro... As atrizes, como sempre acontece nesse tipo de produção, dão shows de interpretação. E nos brindam com lágrimas, ataques de nervos, rompantes de luxúria & frenesi. A trilha sonora, evidentemente, um deleite à parte. Com direito a uma cena de dublagem do clássico brega da dupla Pimpinela, Siga Seu Rumo, por aqui imortalizada na performance de Marisa Orth junto à banda Vexame...
VALE A PENA REVER – O Canal Viva reprisa às 14:30 a novela Brega & Chique, que causou frisson nos anos oitenta pela performance de Marília Pera como a milionária finíssima que, da noite para o dia, se vê sem marido e sem tostão. Por outro lado, a personagem de Glória Menezes, pobre e cafona à la mort, acorda milionária por uma herança deixada pelo falecido marido que elas, evidentemente, não sabem tratar-se do mesmo. E, diga-se de passagem, não morreu. Um veaudeville de encher as tardes. Serve também para constatar o quanto as novelas brasileiras ainda eram artesanais pouquíssimo tempo atrás. Interpretações teatrais, cenários fake, captação de noturnas que mostrava quase nada, e, claro, erros de texto que passavam batido. Isso cá entre nós ainda acontece. (Emoji de carinha chorando de rir). Mas o talento dos atores, ah! Saudades, né minha filha?
ROMANTISMO A GO GO – Minha história com o romance A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert, é curiosa. Já tentei diversas vezes ler essa obra e sempre acabava desistindo. Primeiro foi quando morava em Paris e, para praticar o idioma, resolvi ler no original. Desisti nos primeiros capítulos com uma dúvida: Seria o motivo a língua francesa ou eu não tinha gostado mesmo? Acho que o idioma francês não deve ter sido a razão, pois na mesma ocasião, li obras ainda mais complexas como Calígula, de Camus, e A Idade da Razão, de Sartre, no original e não tive nenhum problema de compreensão. De volta ao Brasil, mais duas tentativas que deram em nada. Até que finalmente, ano passado, vi uma edição bonita e acessível na Livraria Cultura e resolvi adquirir. Pois não é que agora, com a pandemia e o consequente isolamento social, retomei a leitura e estou adorando? O livro é a minha cara. Boemia, amizades entre homens que beiram a homoafetividade e paixões platônicas. Quer mais? A história se passa em Paris. Com riqueza de detalhes, nomes de ruas, de bares, restaurantes e cafés. Que, claro, assim que lá voltar irei conferir. Só me resta dizer o quê? Saudades, né minha filha...
Desejo que o mês de maio seja mais leve para todos, apesar de tudo! Vamos em frente na certeza de que dias melhores virão.
Nas fotos, a família baphônica de A Casa das Flores, Marília Pera como Rafaela Alvaray e a capa da edição do romance de Flaubert.
domingo, 26 de abril de 2020
57 ENTRE 4 PAREDES
Nas fotos, eu em dois aniversários especiais: O primeiro e o atual.
sexta-feira, 17 de abril de 2020
BONS DRINKS EM PARIS
Nas fotos, a capa do livro e uma petite dégustation das ilustrações de Yoko Ueta.