quinta-feira, 4 de junho de 2020

EU

Terminei hoje a leitura de Eu, a autobiografia de Elton John. Essa foi a terceira obra que li desde que começaram os dias de isolamento social. Primeiro foi Metrópole à Beira Mar, de Ruy Castro, e depois A Educação Sentimental, de Gustave Flaubert. Durante esse período tenho me envolvido mais com o que leio do que normalmente acontece. Passo na companhia dos livros grande parte das minhas manhãs. Ocorre que vou me apegando aos personagens e, quando o livro se aproxima do final, começo a poupá-lo para que a convivência se estenda por mais alguns dias... Com o livro de Elton John isso foi ainda mais acentuado, posto que sou fã deste astro do rock desde a mais tenra idade. Ele sempre representou para mim uma imagem positiva de artista bem sucedido, que gostava das mesmas coisas de que eu gostava, tais como música, piano e figurinos extravagantes. Inclua-se aí, diga-se passagem, altas doses de plumas e paetês... Isso sem falar que minha infância inteira foi embalada por seus hits Skyline Pigeon, Goodbye Yellow Brick Road e Crocodile Rock. Eu tinha implicado um pouco com o filme Rocketman, achei-o negativo e muito focado nos problemas, como se ele não tivesse tido uma vida de glamour e alegrias também. Agora que li a história desse artista contada por ele próprio e soube que o filme foi um projeto pessoal dele, produzido por seu marido David Furnish, entendo completamente e acho que até gosto da película. Não vou ficar contando fatos por ele relatados. Quem se interessar que leia, garanto que é leitura das mais agradáveis. Para além de todas as extravagâncias, barracos, excentricidades, escândalos e esbórnias, Eu revela uma história de sofrimento, crescimento, aprendizado e – por mais que eu não goste muito do termo – superação. Fora as deliciosas fofocas envolvendo celebridades amigas como Freddie Mercury, Rod Stewart, John Lennon, Gianni Versace, Lady Gaga, a família real inglesa e muitos mais. E um monte de fotos das mais variadas épocas da vida desse longevo rockstar. Que uma leitura das boas me caia logo às mãos para que eu possa sair do luto em que já me encontro...
Nas fotos, a capa de Eu e Elton conversando com a amiga Melina (era assim que ele chamava Freddie Mercury) no backstage de um show.

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