Último dia do ano. Último ano da década. Me enchi de bons pensamentos antes de me sentar à frente do computador para começar a redigir esse post. Espero que saia algo que preste... Rsrsrs. O dia hoje amanheceu belíssimo, céu de brigadeiro, daqueles que a gente nem precisa colocar filtro nas fotos antes de postar. Agora, que já estamos no meio da tarde, cai uma forte chuva de verão. Un orage d’été, como dizem os franceses. Penso em agradecer pelo ano que tive. Muitos dirão que foi um ano difícil e, de fato, foi. Mas prefiro focar nas coisas boas, sempre. Trabalhei, viajei, li, conheci, aprendi, visitei, fiz projetos e acreditei. A política vai mal mas, cá entre nós, faz muito tempo que é assim por aqui. Já sobrevivemos a uma ditadura militar de fato, que durou duas décadas. Não vai ser essa gentalha que está aí agora que vai nos fazer desistir... Esse ano decidi fazer tudo como se fosse um dia igual aos outros, só para variar. Acordei cedo como sempre faço, tomei café da manhã e fui para a academia treinar. Depois passei no supermercado, comprei coisas para o almoço, ó, santo cotidiano. As coisas mais prosaicas, mais banais. É nelas que pretendo me concentrar.... Só para me contradizer, já arrumei a mesa com toalha e flores brancas, tirei a louça do armário, talheres do faqueiro, montei um banquete só para mim e para o Weidy. Estou cozinhando lentilhas e assando um lombo de porco... Não assisti Bacurau nem o último Tarantino. Achei Dois Papas muito chato e estou amando The Crown (Tá, eu sei que todo mundo já assistiu, mas eu demoro até decidir). O polêmico especial de Natal do Porta dos Fundos só me arrancou uma risada nos seus quarenta e cinco minutos de duração. Piadas óbvias, chulas e desnecessárias. Para citar Shakespeare, muito barulho por nada... Continuo revivendo o passado em fotos, livros e discos. Em escritos, também. Que tenho guardado tudo o que escrevi ao longo da adolescência. Continuo tendo vontade de ter uma casa na praia para onde eu pretendo ir e ficar. Não faço mais muitos planos para o futuro. Acho o presente uma dádiva. A grande graça divina, o milagre da existência. E o silêncio, o maior dos artigos de luxo... Caetano cantou profético, nos anos oitenta, no álbum Velô: Somos uns boçais. Concordo plenamente. E, como tais, estamos tratando de esculhambar geral. Com a sociedade, com as relações, com a natureza, com o planeta. Que Deus tenha pena de nós, que ainda não sabemos o que fazemos. Será que não?
Desejo de coração um feliz 2020 para todos! Amor, paz, empatia, solidariedade, compaixão, saúde, educação, cultura, arte, lazer e o que faltar a gente inventa...
Na foto, meu vaso de flores brancas e palmas para 2020!
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
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Amoreeeee
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