DIA D, DE DRUMMOND
No meio do caminho tinha uma pedra: O Halloween, dia das bruxas que nada diz da nossa cultura, mas que os brasileiros insistem em copiar dos americanos. A partir de hoje, todos os anos será comemorado em 31 de outubro o Dia D, homenagem ao poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Adorei a idéia. Um dia dedicado à poesia. Deveria existir vários! Um para cada poeta: Dia M, de Mario Quintana; Dia C, de Cecília Meireles; Dia V, de Vinícius; Dia A, de Álvares de Azevedo... Um alfabeto inteiro de homenagens aos criadores do sonho, da beleza, da inspiração e do encantamento que tornam a nossa existência um pouco mais palatável... Sem poesia, não dá. Sobretudo nesses tempos que vivemos, em que todos dizem o que pensam e o que pensam que pensam. Principalmente os anônimos, na internet. Poeta anônimo não existe. Ele cria e assina a sua criação. Tempos de crueza e crueldade. De humilhação e de deboche. Tempos discriminatórios que confundem preconceitos com liberdade de expressão. Ou que, pelo menos, tentam confundir... Meu Deus, por que me abandonaste, se sabias que eu não era Deus, se sabias que eu era fraco? Indaga o poeta... A poesia deveria ser obrigatória. Obrigatória, não. Não combina com ela. Estimulada. Indicada. Premiada. Incentivada. A poesia deveria ser patrocinada, para usar um termo bastante em voga. No trabalho, deveria haver a pausa da poesia, assim como a do cafezinho. Na TV, o horário poético, assim como o assustador horário político. E assim por diante. A gente acha tempo pra tanta coisa, já está mais que na hora de abrir uma brecha poética na nossa agenda, mundo, mundo, vasto mundo! Eu não devia te dizer: Mas essa lua, esse conhaque...Botam a gente comovido como o diabo!
Nunca me esquecerei desse acontecimento, na vida de minhas retinas tão fatigadas: No meio do caminho tinha uma pedra, agora tem o Dia do Poeta.
No meio do caminho tinha uma pedra: O Halloween, dia das bruxas que nada diz da nossa cultura, mas que os brasileiros insistem em copiar dos americanos. A partir de hoje, todos os anos será comemorado em 31 de outubro o Dia D, homenagem ao poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Adorei a idéia. Um dia dedicado à poesia. Deveria existir vários! Um para cada poeta: Dia M, de Mario Quintana; Dia C, de Cecília Meireles; Dia V, de Vinícius; Dia A, de Álvares de Azevedo... Um alfabeto inteiro de homenagens aos criadores do sonho, da beleza, da inspiração e do encantamento que tornam a nossa existência um pouco mais palatável... Sem poesia, não dá. Sobretudo nesses tempos que vivemos, em que todos dizem o que pensam e o que pensam que pensam. Principalmente os anônimos, na internet. Poeta anônimo não existe. Ele cria e assina a sua criação. Tempos de crueza e crueldade. De humilhação e de deboche. Tempos discriminatórios que confundem preconceitos com liberdade de expressão. Ou que, pelo menos, tentam confundir... Meu Deus, por que me abandonaste, se sabias que eu não era Deus, se sabias que eu era fraco? Indaga o poeta... A poesia deveria ser obrigatória. Obrigatória, não. Não combina com ela. Estimulada. Indicada. Premiada. Incentivada. A poesia deveria ser patrocinada, para usar um termo bastante em voga. No trabalho, deveria haver a pausa da poesia, assim como a do cafezinho. Na TV, o horário poético, assim como o assustador horário político. E assim por diante. A gente acha tempo pra tanta coisa, já está mais que na hora de abrir uma brecha poética na nossa agenda, mundo, mundo, vasto mundo! Eu não devia te dizer: Mas essa lua, esse conhaque...Botam a gente comovido como o diabo!
Nunca me esquecerei desse acontecimento, na vida de minhas retinas tão fatigadas: No meio do caminho tinha uma pedra, agora tem o Dia do Poeta.
Bob, que texto martavilhoso. Me inspirei nele para fazer um post no meu blog. Obrigado por nos dar esses momentos de reflexão criativa.
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