MORRO DE SÃO PAULO
Morro de São Paulo fica há duas horas de lancha de Salvador. De catamarã leva de duas a duas horas e meia, dependendo da maré. Já estou aqui há três dias...Dias de sol e praia. Saio completamente da rotina. Exercício que, aliás, adoro praticar. E me desligo do mundo lá fora. Bom, me desligo é maneira de falar. Posso ser um flaneur, um bom vivant, mas não sou louco nem tampouco alienado. Sei de tudo o que acontece à minha volta. Basta entrar na internet para que as catástrofes surjam diante dos meus olhos. Saber, por exemplo, dos recônditos e meandros da política já seria exigir demais do meu dolce far niente. Mas se desligar completamente, hoje em dia, é impossível. A novidade é que agora não são somente as pessoas
(Sejam elas políticos, celebridades ou bandidos) os portadores das más notícias. A natureza, mais do que nunca, também se manifesta como protagonista das tragédias. São tremores de terra, tsunamis, nevascas, secas, enchentes. Não é nenhuma novidade que um dia o mundo iria acabar. Tudo que é vivo, um dia, morre. Nós, seres humanos, os animais, as plantas. Ora, a Terra é um ser vivo. E, como tal, um dia, certamente há de morrer. Só nunca pensei que fosse viver para presenciar isto. Conversando pelo celular com minha amiga Agnes Zuliani, fiquei sabendo que esse tremor de terra que houve no Chile encurtou em muitos anos a vida da Terra. Aqui na Bahia tenho visto e visitado muitas igrejas. Quando entro nelas e vejo suas dependências dedicadas à oração, fico imaginando como seria a vida daqueles religiosos que as habitavam. Existências inteiras dedicadas à abstinência e à elevação espiritual. Teriam sido em vão? Não teria Deus ouvido suas preces? Agora está tocando Vivaldi no restaurante da pousada, onde bebo meu vinho à espera do jantar. As Quatro Estações. Vivaldi não viveu para ver o mundo acabar. Sua música sobreviverá. Imaginem a Terra acabando, partindo ao meio ao som da Primavera de Vivaldi...A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Holywood daria todos os prêmios...
Mas deixa isso pra lá que o peixe chegou!
Morro de São Paulo fica há duas horas de lancha de Salvador. De catamarã leva de duas a duas horas e meia, dependendo da maré. Já estou aqui há três dias...Dias de sol e praia. Saio completamente da rotina. Exercício que, aliás, adoro praticar. E me desligo do mundo lá fora. Bom, me desligo é maneira de falar. Posso ser um flaneur, um bom vivant, mas não sou louco nem tampouco alienado. Sei de tudo o que acontece à minha volta. Basta entrar na internet para que as catástrofes surjam diante dos meus olhos. Saber, por exemplo, dos recônditos e meandros da política já seria exigir demais do meu dolce far niente. Mas se desligar completamente, hoje em dia, é impossível. A novidade é que agora não são somente as pessoas
(Sejam elas políticos, celebridades ou bandidos) os portadores das más notícias. A natureza, mais do que nunca, também se manifesta como protagonista das tragédias. São tremores de terra, tsunamis, nevascas, secas, enchentes. Não é nenhuma novidade que um dia o mundo iria acabar. Tudo que é vivo, um dia, morre. Nós, seres humanos, os animais, as plantas. Ora, a Terra é um ser vivo. E, como tal, um dia, certamente há de morrer. Só nunca pensei que fosse viver para presenciar isto. Conversando pelo celular com minha amiga Agnes Zuliani, fiquei sabendo que esse tremor de terra que houve no Chile encurtou em muitos anos a vida da Terra. Aqui na Bahia tenho visto e visitado muitas igrejas. Quando entro nelas e vejo suas dependências dedicadas à oração, fico imaginando como seria a vida daqueles religiosos que as habitavam. Existências inteiras dedicadas à abstinência e à elevação espiritual. Teriam sido em vão? Não teria Deus ouvido suas preces? Agora está tocando Vivaldi no restaurante da pousada, onde bebo meu vinho à espera do jantar. As Quatro Estações. Vivaldi não viveu para ver o mundo acabar. Sua música sobreviverá. Imaginem a Terra acabando, partindo ao meio ao som da Primavera de Vivaldi...A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Holywood daria todos os prêmios...
Mas deixa isso pra lá que o peixe chegou!
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