domingo, 31 de julho de 2022

AU REVOIR, JUILLET!

O mês de julho, por incrível que pareça, já se despede hoje. Não queria deixá-lo partir tendo apenas um post no blog. Então vamos lá... Julho, esse mês significativo e, porque não dizer, cabalístico, já que é o mês de número sete. A metade do ano. O inverno tropical, o verão do Hemisfério Norte. Queria me despedir de julho falando de igualdade, fraternidade e liberdade, já que nesse mês se comemora o dia 14 dos franceses. Como esses três artigos andam em falta no mercado por aqui, vou me limitar a falar da Liberdade, o bairro japonês de São Paulo. Quem me conhece ou segue o blog já sabe que tenho duas casas aqui na Pauliceia: A minha, nos Jardins, e a do meu companheiro Weidy, na Liberdade. Na verdade, Weidy mora em um ponto qualquer entre a Liberdade, a Aclimação e o Cambuci. Cada correspondência marca um desses bairros como sendo o dele. Como ele é japonês e adoramos a Liberdade, adotamos esse como sendo o nosso bairro... Até bem pouco tempo atrás ainda era possível curtirmos a Liberdade quando bem entendêssemos. Agora, não sei como nem porquê, ela foi descoberta e invadida por uma horda de turistas. Nos fins de semana já não é mais possível frequentá-la. Uma enorme aglomeração de pessoas e carros torna tudo intransitável. Irrespirável. Invivível, para citar Caio Fernando Abreu... Estou assistindo a uma série na Netflix chamada Expectros, que se passa toda na Liberdade. É bem trash, um triller sobre fantasmas que habitam o bairro. Mas o que me prende a ela são as imagens. A Liberdade é altamente fotogênica! Parece que a série se passa no Japão mesmo. E o engraçado, para quem como eu conhece bem a cidade, é que os personagens andam de um lado para o outro, fogem da polícia, perseguem bandidos, correm de carro pra lá e pra cá e nunca saem do bairro! Como se São Paulo inteira fosse uma Liberdade sem fim. Que bom que ao menos essa Liberdade ainda temos por aqui... É também no mês de julho que as cerejeiras florescem. No Parque do Carmo, aqui em São Paulo, a comunidade japonesa cultiva um bosque de cerejeiras onde todo ano é realizada uma festa que comemora a sua florada. Imperdível para turistas e locais. Weidy e eu vamos todos os anos. Paro por aqui, antes que o mês de julho acabe e eu ainda não tenha feito mais um post. Bom segundo semestre de 2022 a todos! Nas fotos, entardecer na Liberdade e a florada das cerejeiras no Parque do Carmo.

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