quarta-feira, 23 de outubro de 2013
UTE LEMPER
Fiquei muitos anos esperando a oportunidade de ver Ute Lemper cantar. Tudo começou nos anos oitenta, quando meu amigo Eduardo Serrano meu deu de presente uma fita k7 gravada com canções dela. Fiquei fã dessa cantora alemã e, durante anos, tudo o que conhecia dela era o que estava registrado nesse k7. Nos noventa, quando já morava em São Paulo, tentei assistir a uma apresentação dela no Teatro Cultura Artística mas, como os ingressos de preços mais acessíveis já estavam esgotados, e eu na época bastante duro, não consegui. Anos depois, quase pude assisti-la na Sala São Paulo, mas também não deu. Há poucos anos, ela viria se apresentar no Via Funchal. Eu, que já estava com o ingresso adquirido, vi meu sonho ser mais uma vez adiado quando, no dia da apresentação, o show foi cancelado. Ontem, finalmente, tive meu sonho realizado. Aqui mesmo, na Sala São Paulo. Ute Lemper se apresentou na série TUCCA de concertos, uma iniciativa da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer. Depois de um primeiro ato com poemas de Pablo Neruda musicados pela própria Ute e um rápido intervalo, veio a melhor parte: Um segundo ato no melhor estilo cabaret, com direito a Lili Marlene, Kurt Weill e Jacques Brel. Vestida de preto, com chapéu coco e boá vermelho, Ute nos brindou com o seu melhor: Da música tema do musical Cabaret ao Moritat de Mackie Messer. E, para encerrar com chave de ouro, o infalível bis: Ne Me Quittes Pas, acompanhada de piano e bandoneon. A Sala São Paulo veio abaixo. E eu fui embora finalmente realizado. Na foto, a diva e seus músicos agradecem.
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Que maravilha, nesses momentos sinto uma incrível saudade dos anos que morei em São Paulo. Fiquei emocionado só de ler o repertório e imagino seus olhos marejados ao sair do concerto.
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