sexta-feira, 24 de agosto de 2012
WELCOME, NEW SONG
Eu não podia ter trazido companhia melhor para passar uns dias comigo em Ilhabela (além, é claro, do Weidy recém-chegado de Londres): O álbum Estrela Decadente, de Thiago Pethit. Ele, que já me encantara com seu Berlim, Texas, agora me conquistou definitivamente. Impossível não se deixar levar. Gosto de iniciar a audição pela última faixa: Surabaya Johnny, de Bertolt Brecht e Kurt Weill, que o produtor Kassim transformou em fanfarra que adentra uma pequena cidade anunciando a chegada do Grand Circo. E a função traz artistas ilustres no programa: A cantora Cida Moreira empresta seus graves, agudos e savoir-faire acrescentando ainda mais brilho ao já imperdível espetáculo. A doce Malu Magalhães nos faz lembrar como era bom ter vinte anos e ser feliz... As guitarras nos transportam para os anos sessenta. E Thiago soa, na boa, ora Lou Reed, ora Devendra Banhart. Ora Mutantes, ora Serge Gainsbourg, como sugere, sutilmente, a capa do CD. Jovem poeta, compositor e cantor. Desde Cazuza, quem o seria? Sim, trata-se de uma estrela. Sans aucune décadence... Thiago Pethit é uma boa nova para quem gosta de boa música. Bom saber que ainda se faz música de qualidade. Em um contexto musical estranhíssimo, no qual até Marisa Monte se rende a uma espécie de pop brega, Thiago é luz, é raio, estrela e luar... Aumente o som, abra a garrafa de vinho, jogue um lenço de cores quentes sobre o abajour. Fumaça, copos, cigarros, batom. A festa vai começar. So long, new love. Welcome, new song...
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Sabe que não achei esse CD por aqui! Fiquei curioso.
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