quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

ANO BOM

O ano de 2021 chegou ao fim. Estamos em janeiro de 2022, um novo ano que inicia e que a gente espera que seja melhor do que o anterior. Li muitas postagens dizendo que 2021 foi um ano ruim, que bom que terminou, ô ano difícil, etc... Acho que os anos em si não são propriamente bons ou ruins. Eles apenas delimitam períodos das nossas vidas. Quem os faz bons ou ruins somos nós mesmos. É claro que há fatos que independem da nossa vontade e que nos afetam diretamente. Como a pandemia que estamos vivendo desde o começo de 2020 e que tem feito os nossos dias não serem lá a maravilha que eram. Mas cabe a nós descobrirmos maneiras de preenchê-los com o que nos faz bem. Nos “reinventarmos”, para usar um termo da moda e já tão desgastado. Que atire a primeira ring light quem nunca se aventurou numa live, por exemplo. Ou não fez pão caseiro, ou não ativou o empreendedorismo, outro termo para lá de desgastado. E por falar em termos e expressões que, de tão usados, a gente não aguenta mais ouvir falar, que tal aposentarmos de vez o batidíssimo “éramos felizes e sabíamos”? Não consigo entender como alguém possa ter sido feliz alguma vez na vida, por pouco que fosse, sem saber. Ou sabia ou não era feliz como agora pensa que foi... Quando morre alguém famoso ou importante para a pessoa ou para a sociedade a moda é postar “obrigado por tanto”. Acho esquisito. Parece que a pessoa fez mais pelos outros do que deveria. Rsrsrs... Precisamos rever essas expressões ou, para usar outra palavra do momento, ressignificá-las. É bom lembrar que todo o cuidado é pouco na hora de ressignificar o que quer que seja. Conteúdo, por exemplo, é uma palavra que foi mal ressignificada. Significava algo que tem profundidade, relevância. Um assunto pertinente. Agora, principalmente quando se fala de redes sociais, conteúdo passou a ser qualquer coisa que nelas seja postada. Desde uma dancinha besta com uma música insuportável até palavras difíceis sendo repetidas por uma menininha de dois anos... Diva é outra palavra cuja ressignificação me incomoda bastante. Perdeu o sentido de deusa, divindade feminina, musa inspiradora, que era atribuído a grandes mulheres merecedoras dessa distinção. Agora qualquer uma é diva: De fanqueiras do morro até influenciadoras digitais. Passando por drag queens e ex-integrantes de reality-shows. (Me pergunto se todas as categorias anteriormente citadas não estão contidas nessa última) ... Como podem ver, o ano novo apenas começou e eu já envelheci mais uns dez anos. Voltei ainda mais chato e ranzinza do que já era. Mas cheio de expectativas e esperanças renovadas. Bom 2022 a todos! Na foto, minha gatinha Lina et moi na noite de Ano Novo.

4 comentários:

  1. Fiquei lendo seu post e lembrando da Betina cobrando o fim do gerúndio. Aprendi com a pandemia a participar das lives, ver teatro gravado e assistir séries como se fossem novela.
    Mas não me venham dizer que isso é o "novo normal"... Outro termo que já não suporto mais.

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    1. Odilon, querido! E eu aprendi a assistir a filmes como se fossem séries: Dividindo-os em três partes/episódios...

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    2. E eu peguei pra mim sua sugestão e já estou aplicando na vida. rsrsrsrs

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    3. Putz, dividir a vida em episódios, como se fosse série, seria ótimo tb rsrsrs

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