domingo, 25 de junho de 2017

FESTA JUNINA

Dia de São João e aniversário do Weidy em Piracaia, chez nossos amigos Rodrigo et Thomas. A maison se chama La Figueira e muito já falei dela aqui no blog. Nossa intenção era chegar na sexta-feira para o por do sol. Mas houve tanto trânsito na saída de São Paulo que acabamos chegando para um rápido brinde e dormir. No sábado acordamos cedo e, após o desjejum, saímos para caminhada matinal por longa trilha mata adentro até uma inspiradora queda d'água. Mago, o cão pastor suíço dos nossos anfitriões, abria caminho nas picadas, branco e enorme como um urso polar. Depois de longos papos e planejamentos de projetos artísticos voltamos vale acima até a figueira em si, gigantesca, centenária, a dar nome à propriedade. Sentamos em suas majestosas raízes, que saem da terra formando paredes vivas, como muros a circundá-la... Nossos anfitriões são vegetarianos e preparei uma ceia, algo entre o almoço e o jantar, composta de creme de aipo, batatinhas salteadas com alecrim e salada de avocado com tomate cereja e azeitonas verdes. De entrada, pão italiano com homus e queijo melba com amêndoas e damascos. Tudo regado a espumante brut da Serra Gaúcha. O por do sol veio para fechar o glorioso sábado com uma profusão de cores de doer a alma. Digo de doer a alma porque, a essas alturas, o som de Benjamin Clementine já habitava o ar que respirávamos... Pausa para um cochilo e à noite já estávamos reunidos para mais comemorações com vinho tinto e velouté de cenoura com mandioca. Alguma música francesa no iPad, ampliada pela caixinha de som bluetooth... Domingo de sol radioso, céu de brigadeiro. Os meninos saem para nova caminhada na mata e eu me estendo ao sol para bronzear a carcaça. Penso na passagem do tempo aqui e lá, na grande cidade. Aqui as atividades se distribuem naturalmente ao longo do dia, sem horários determinados para isso ou aquilo. E quando a gente se dá conta, mais um dia findou. O silêncio é quebrado, vez por outra, por pássaros que cantam ao longe ou pelo farfalhar das folhas das árvores. Sem trânsito nem vizinhos. Sem pressa ou poluição. Sem sirene ou buzina. Encho os pulmões de ar e agradeço...
Nas fotos, vista da piscina, a maison em si e o sol se põe na janela do quarto.

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