sábado, 22 de março de 2014

MAIORIDADE PAULISTANA

Hoje, dia 22 de março de 2014, faz exatamente dezoito anos que vim morar em São Paulo. Preciso dizer que durante muito tempo isso foi algo sonhado e desejado por mim com fervor. É bastante comum artistas deixarem suas cidades de origem e mudarem para o chamado "Eixo Rio-SP" onde as oportunidades de trabalho são maiores e etc. Acho que da minha geração eu fui o último a vir de mala e cuia para cá. Antes de mim já haviam deixado os pagos Grace Gianoukas, Nora Prado, Lucia Serpa, Ilana Kaplan e tantos outros que nem me lembro. Meu amigo paulistano Carlos Farielo sempre brinca dizendo que cheguei timidozinho, com minha malinha, meu chimarrãozinho e fui logo me instalando nos jardins. Quem me acolheu de braços abertos, diga-se de passagem, foi a querida Nora Prado que me hospedou em seu apartamento da Avenida Rebouças até que eu conseguisse me instalar. O que acabou acontecendo dois meses depois, quando junto com outra amiga que estava chegando na Pauliceia, Patricia Cirne Lima, me mudei para o apartamento da Consolação, entre a Oscar Freire e a Estados Unidos, onde o bicho pegava legal. E aqui me refiro a sexo, drogas e rock n'roll mesmo. Um ano e meio depois mudei para o meu próprio apartamento da Alameda Franca onde vivo até hoje. Graças à bondade de meu falecido pai. Outro crédito importante a ser dado nessa minha transferência para a capital paulista vai para minha amiga Lucia Serpa, que conseguiu trabalho para mim no Grupo XPTO, que estava ensaiando um espetáculo para ser apresentado no Sesi da Avenida Paulista. Isso no tempo em que o Sesi contratava os artistas, com carteira assinada, férias e todos os benefícios. O trabalho em questão era a peça infantil O Pequeno Mago, que ganhou tantos premios que acabou ficando um ano em cartaz e emendando com outro grande sucesso do XPTO, Buster, o Enigma do Minotauro. Assim permaneci dois anos e meio contratado pelo Sesi, o que em teatro é bem raro de acontecer. Foi no XPTO que reencontrei Grace Gianoukas e assim, anos depois, esse reencontro acabou em Terça Insana, onde permaneci por inacreditáveis oito anos. Mas isso já é uma outra história... História, aliás, é o que não falta. Mas não quero que o post fique muito longo. Quero mesmo é agradecer à Terra da Garoa por ter me recebido e me tratado tão bem ao longo desses dezoito anos. E ter transformado a minha paixão adolescente em um amor adulto e verdadeiro. Santé!

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