BENDITO MALDITO
Terminei, emocionado, a leitura da biografia de Plínio Marcos, Bendito Maldito, escrita por seu amigo Oswaldo Mendes. Durante todo o tempo que durou a leitura acompanhei com paixão as peripécias desse que foi um dos nossos maiores dramaturgos. Fora toda a importância de Plínio como o homem de teatro que foi, o que encanta nessa obra é conhecer o personagem, o palhaço, o Bobo Plin, como ele se denominava. Uma figura simpática, cheia de causos, de artimanhas, de truques, de histórias, de folclores, de mentiras, de brigas, de solidariedade, de princípios e de muito, mas muito carisma. A história de Plínio é um pedaço da história do Brasil. E o livro ilustra com detalhes interessantíssimos o período que foi marcado pela passagem desse ilustre cidadão santista na cultura, na sociedade e no teatro brasileiros. Do futebol ao samba, da dramaturgia às palestras, da política ao misticismo, da boemia aos cuidados com a saúde, da novela à resistência ao regime militar, da primeira à última página foi empolgante acompanhar a trajetória desse bendito maldito. Sua amizade com grandes damas da cultura brasileira como Pagu, Cacilda Becker e Tônia Carrero. Seu casamento com Walderez de Barros, a sua Dereca. Eu, que só conhecia Plínio Marcos através da força de seus textos no teatro, fiquei encantado com a força que ele teve na vida. Lembro que uma das primeiras peças a que assisti, logo que fui morar em Porto Alegre no fim dos anos setenta, época de censura fortíssima na qual um adolescente de catorze anos como eu não conseguia entrar em nada, foi Dois Perdidos Numa Noite Suja, com Cláudio Marzo e Pedro Veras, no auditório da Famecos, faculdade de jornalismo da PUC, onde minha irmã Rita estudava e pude assistir sem que nenhum segurança me impedisse. Depois conheci Navalha na Carne e Abajur Lilás e isso foi, durante todos esses anos, o que eu soube dele. O curioso é que ganhei esse livro de presente da Grace Gianoukas há quase dois anos e ele estava na pilha de espera para ser lido. Se soubesse que ia gostar tanto, o teria passado na frente. É com grande satisfação que confesso aqui essa minha tardia descoberta do incrível personagem que foi Plínio Marcos. E fico feliz de constatar, mais uma vez, que nunca é tarde para aprender...
Terminei, emocionado, a leitura da biografia de Plínio Marcos, Bendito Maldito, escrita por seu amigo Oswaldo Mendes. Durante todo o tempo que durou a leitura acompanhei com paixão as peripécias desse que foi um dos nossos maiores dramaturgos. Fora toda a importância de Plínio como o homem de teatro que foi, o que encanta nessa obra é conhecer o personagem, o palhaço, o Bobo Plin, como ele se denominava. Uma figura simpática, cheia de causos, de artimanhas, de truques, de histórias, de folclores, de mentiras, de brigas, de solidariedade, de princípios e de muito, mas muito carisma. A história de Plínio é um pedaço da história do Brasil. E o livro ilustra com detalhes interessantíssimos o período que foi marcado pela passagem desse ilustre cidadão santista na cultura, na sociedade e no teatro brasileiros. Do futebol ao samba, da dramaturgia às palestras, da política ao misticismo, da boemia aos cuidados com a saúde, da novela à resistência ao regime militar, da primeira à última página foi empolgante acompanhar a trajetória desse bendito maldito. Sua amizade com grandes damas da cultura brasileira como Pagu, Cacilda Becker e Tônia Carrero. Seu casamento com Walderez de Barros, a sua Dereca. Eu, que só conhecia Plínio Marcos através da força de seus textos no teatro, fiquei encantado com a força que ele teve na vida. Lembro que uma das primeiras peças a que assisti, logo que fui morar em Porto Alegre no fim dos anos setenta, época de censura fortíssima na qual um adolescente de catorze anos como eu não conseguia entrar em nada, foi Dois Perdidos Numa Noite Suja, com Cláudio Marzo e Pedro Veras, no auditório da Famecos, faculdade de jornalismo da PUC, onde minha irmã Rita estudava e pude assistir sem que nenhum segurança me impedisse. Depois conheci Navalha na Carne e Abajur Lilás e isso foi, durante todos esses anos, o que eu soube dele. O curioso é que ganhei esse livro de presente da Grace Gianoukas há quase dois anos e ele estava na pilha de espera para ser lido. Se soubesse que ia gostar tanto, o teria passado na frente. É com grande satisfação que confesso aqui essa minha tardia descoberta do incrível personagem que foi Plínio Marcos. E fico feliz de constatar, mais uma vez, que nunca é tarde para aprender...
Depois de tao empolgante depoimento minha vontade de le-lo tambem, aumentou. E como sou a primeira da fila agora que terminaste, sei que me enviaras na primeira oportunidade que aparecer. Bj...
ResponderExcluirAdorei o post e me despertou uma imensa vontade de ler-lo também!
ResponderExcluirSou bem consumista em relação à livros!
Novo leitor do blog por aqui!
Abraço
Eric
http://avidasemascaras.blogspot.com/