DEZ ANOS DA TERÇA INSANA
Ontem participei do show comemorativo dos dez anos da Terça Insana, projeto teatral da minha amiga Grace Gianoukas, do qual fui um dos fundadores e no qual permaneci por oito anos. Foi muito emocionante dividir mais uma vez o palco e os aplausos do público com essa trupe que, apesar de mutante, conserva a essência da insanidade e dos princípios norteadores da direção de sua criadora. Muitos atores e atrizes já passaram pela Terça Insana, trazendo diversidade, acrescentando estilos, imprimindo suas marcas e deixando na memória do público as suas criações. Impossível pensar em Terça Insana e não lembrar imediatamente da Irmã Selma, criação de Otávio Mendes, ou da impagável Dona Edith, do camaleônico Luiz Miranda, para citar apenas dois dos inúmeros personagens marcantes que por lá desfilaram. Lembro como se fosse hoje do dia em que estava na minha casa, no ano de 2001, o telefone tocou e era a Grace me convidando para ser o apresentador de um show que ela estava organizando para inaugurar o Next Cabaret, na rua Rego Freitas. Não tinha nenhum cachê, nenhuma verba de produção ou patrocínio. Apenas alguns atores com idéias e vontade de dizer algo através do humor. A coisa cresceu rápida e espontaneamente e o resto da história o Brasil todo já conhece: Um espetáculo de enorme sucesso, que vem lotando teatros de Porto Alegre a Manaus ao longo dessa última década... Eu me sinto muito à vontade para falar da Terça Insana porque, apesar de não fazer mais parte do elenco fixo, ainda me sinto um de seus integrantes. E, mesmo já fazendo quase dois anos que deixei o projeto, as pessoas ainda me abordam como se eu fizesse parte dele. E eu gosto que seja assim. Quando me perguntam: Você não é aquele ator da Terça Insana? Eu respondo, bem orgulhoso: Sou. E foi assim que me senti na noite de ontem, com o teatro Bradesco lotado: Orgulhoso de fazer parte dessa história. Uma história de sucesso. Um marco no humor nacional. Uma retomada de formato e de espaço. Infelizmente, na avalanche que veio de carona no sucesso da Terça Insana, veio muita coisa ruim. Muita cópia fajuta. Gente que imita a forma, mas que não tem originalidade no conteúdo. E toda a forma que é esvaziada de seu conteúdo original fica sem relevância, sem expressão. Encontra-se em toda a parte, até no camelô... De qualquer maneira, o saldo é positivo. Como realizadora e agregadora que é, a Grace sempre acaba trazendo os outros consigo. Mesmo que seja no rastro das suas empreitadas, aproveitando as trilhas que ela abre à faca na floresta da mesmice e das obviedades. Parabéns à Terça Insana pelas suas Bodas de Estanho ou Zinco. Eu acho que são Bodas de Bravura, de Coragem e de Sucesso!
Ontem participei do show comemorativo dos dez anos da Terça Insana, projeto teatral da minha amiga Grace Gianoukas, do qual fui um dos fundadores e no qual permaneci por oito anos. Foi muito emocionante dividir mais uma vez o palco e os aplausos do público com essa trupe que, apesar de mutante, conserva a essência da insanidade e dos princípios norteadores da direção de sua criadora. Muitos atores e atrizes já passaram pela Terça Insana, trazendo diversidade, acrescentando estilos, imprimindo suas marcas e deixando na memória do público as suas criações. Impossível pensar em Terça Insana e não lembrar imediatamente da Irmã Selma, criação de Otávio Mendes, ou da impagável Dona Edith, do camaleônico Luiz Miranda, para citar apenas dois dos inúmeros personagens marcantes que por lá desfilaram. Lembro como se fosse hoje do dia em que estava na minha casa, no ano de 2001, o telefone tocou e era a Grace me convidando para ser o apresentador de um show que ela estava organizando para inaugurar o Next Cabaret, na rua Rego Freitas. Não tinha nenhum cachê, nenhuma verba de produção ou patrocínio. Apenas alguns atores com idéias e vontade de dizer algo através do humor. A coisa cresceu rápida e espontaneamente e o resto da história o Brasil todo já conhece: Um espetáculo de enorme sucesso, que vem lotando teatros de Porto Alegre a Manaus ao longo dessa última década... Eu me sinto muito à vontade para falar da Terça Insana porque, apesar de não fazer mais parte do elenco fixo, ainda me sinto um de seus integrantes. E, mesmo já fazendo quase dois anos que deixei o projeto, as pessoas ainda me abordam como se eu fizesse parte dele. E eu gosto que seja assim. Quando me perguntam: Você não é aquele ator da Terça Insana? Eu respondo, bem orgulhoso: Sou. E foi assim que me senti na noite de ontem, com o teatro Bradesco lotado: Orgulhoso de fazer parte dessa história. Uma história de sucesso. Um marco no humor nacional. Uma retomada de formato e de espaço. Infelizmente, na avalanche que veio de carona no sucesso da Terça Insana, veio muita coisa ruim. Muita cópia fajuta. Gente que imita a forma, mas que não tem originalidade no conteúdo. E toda a forma que é esvaziada de seu conteúdo original fica sem relevância, sem expressão. Encontra-se em toda a parte, até no camelô... De qualquer maneira, o saldo é positivo. Como realizadora e agregadora que é, a Grace sempre acaba trazendo os outros consigo. Mesmo que seja no rastro das suas empreitadas, aproveitando as trilhas que ela abre à faca na floresta da mesmice e das obviedades. Parabéns à Terça Insana pelas suas Bodas de Estanho ou Zinco. Eu acho que são Bodas de Bravura, de Coragem e de Sucesso!
Na foto, a capa do primeiro DVD, com ilustração do genial Speto.
Parabéns Roberto!
ResponderExcluirComo você mesmo disse "Um marco no Humor nacional" — Humor com "H" maiúsculo.
Imagino que tenha sido lindo, parabens a ti, Grace e a todos os responsaveis por este projeto que deu certo. I'm so proud of you! Bj.
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