UMA PRAIA DISTANTE & DESERTA...
O mês de novembro chegou ao fim. O ano está chegando ao fim. O verão está chegando. E eu só penso em estar numa praia distante & deserta. Sem maiores interferências urbanas e/ou humanas. Quase selvagem. Humanos produzem lixo e barulho demais. Sobretudo à beira-mar. Gostam de ouvir axé no talo. FM no talo. Beber muuita cerveja. Jogar frescobol. Ou, pior, futebol. E a gente sempre correndo o risco de levar uma bolada na cabeça. Ou, pior ainda, correndo o risco de que te peçam para jogar a bola de volta... Quero sossego. Nunca pensei que, depois de um ano inteiro sem trabalhar, eu ainda estivesse interessado em sossego. Mas é a mais pura verdade. Se hoje alguém me pedisse para citar um artigo de luxo eu, sem dúvida alguma, responderia: Silêncio. Silêncio é bom e eu gosto. E à beria mar, então, ouvindo somente o barulho das ondas, o canto de uma ou outra gaivota que passa... Tá, o tiozinho vendendo picolé, ok. Também não precisa ser TÃO deserta assim, a minha praia distante & deserta. Eu levaria apenas uma caixa térmica com vinho branco no gelo. Ou champanhe. E, claro, taças de cristal. Plástico e bom vinho não “harmonizam”, para usar um termo bem enológico. Algumas frutas, também. Peras, melão orange cortado em fatias. Um livro, de preferência de contos ou crônicas, que, se cansar, dá para interromper a leitura a qualquer momento. Papel e caneta, para anotar as boas idéias. Porque certamente, à beira mar e tomando vinho, elas surgirão. E se não se anota, o vinho sobe e a memória se vai com as ondas. De vez em quando, ao longe, passariam duas crianças brincando. Mas bem ao longe, que é pra não se ouvir os gritinhos. Elas jamais brincam sem gritar. De vez em quando, ao longe, passaria também um ou outro surfista. Mas não tão ao longe, que é pra se poder vê-los melhor... Na cabeça, de vez em quando, a lembrança de uma antiga história de amor. Vivida, de preferência, em um outro continente e já devidamente arquivada na memória como algo que foi bom. E passou. No walkman, de vez em quando também, alguma Ella ou Billie ou Nina ou Amy ou Madeleine Peyroux... E os dias iriam passando assim, devagar, sem vento, sem lenço e sem documento, até que a vontade de sair para badalar, ver gente, assistir a espetáculos ou, simplesmente, trabalhar, se tornasse incontrolável. E eu sentisse, finalmente, vontade de ir embora pra casa deixando para trás a minha bela e inesquecível praia distante & deserta...Para retornar assim que me desse na telha!
Na foto, eu, jovem e barbudo, em alguma praia distante & deserta.
O mês de novembro chegou ao fim. O ano está chegando ao fim. O verão está chegando. E eu só penso em estar numa praia distante & deserta. Sem maiores interferências urbanas e/ou humanas. Quase selvagem. Humanos produzem lixo e barulho demais. Sobretudo à beira-mar. Gostam de ouvir axé no talo. FM no talo. Beber muuita cerveja. Jogar frescobol. Ou, pior, futebol. E a gente sempre correndo o risco de levar uma bolada na cabeça. Ou, pior ainda, correndo o risco de que te peçam para jogar a bola de volta... Quero sossego. Nunca pensei que, depois de um ano inteiro sem trabalhar, eu ainda estivesse interessado em sossego. Mas é a mais pura verdade. Se hoje alguém me pedisse para citar um artigo de luxo eu, sem dúvida alguma, responderia: Silêncio. Silêncio é bom e eu gosto. E à beria mar, então, ouvindo somente o barulho das ondas, o canto de uma ou outra gaivota que passa... Tá, o tiozinho vendendo picolé, ok. Também não precisa ser TÃO deserta assim, a minha praia distante & deserta. Eu levaria apenas uma caixa térmica com vinho branco no gelo. Ou champanhe. E, claro, taças de cristal. Plástico e bom vinho não “harmonizam”, para usar um termo bem enológico. Algumas frutas, também. Peras, melão orange cortado em fatias. Um livro, de preferência de contos ou crônicas, que, se cansar, dá para interromper a leitura a qualquer momento. Papel e caneta, para anotar as boas idéias. Porque certamente, à beira mar e tomando vinho, elas surgirão. E se não se anota, o vinho sobe e a memória se vai com as ondas. De vez em quando, ao longe, passariam duas crianças brincando. Mas bem ao longe, que é pra não se ouvir os gritinhos. Elas jamais brincam sem gritar. De vez em quando, ao longe, passaria também um ou outro surfista. Mas não tão ao longe, que é pra se poder vê-los melhor... Na cabeça, de vez em quando, a lembrança de uma antiga história de amor. Vivida, de preferência, em um outro continente e já devidamente arquivada na memória como algo que foi bom. E passou. No walkman, de vez em quando também, alguma Ella ou Billie ou Nina ou Amy ou Madeleine Peyroux... E os dias iriam passando assim, devagar, sem vento, sem lenço e sem documento, até que a vontade de sair para badalar, ver gente, assistir a espetáculos ou, simplesmente, trabalhar, se tornasse incontrolável. E eu sentisse, finalmente, vontade de ir embora pra casa deixando para trás a minha bela e inesquecível praia distante & deserta...Para retornar assim que me desse na telha!
Na foto, eu, jovem e barbudo, em alguma praia distante & deserta.
Que vida boa e que vontade me deu de passar uns dias contigo nesta descricao tao gostosa... Saudades de ti e do prazer de tua companhia. Bjs.
ResponderExcluirEu tb, Rita! O "katering" foi inspirado nas nossas idas à praia aí em Miami...
ResponderExcluirSabe que eu também me canso de gente às vezes? E é normalmente nesta época de final de ano quando todo mundo fica mais frenético, a cidade fica mais nervosa, e o mundo fica mais chato.
ResponderExcluirMuque de Peão
por falar em amy, eu ja comprei meu ingresso, vamos?
ResponderExcluire roubei uma foto tua do ocidente porque nao consegui passar as da minha camera para o note. bjs.
Não faz a Wynona, Cau! Rs...
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