AMARRADÃO
Li outro dia na internet uma declaração de Romário: "Estou amarradão na política". Fiquei com isso na cabeça nos últimos dias. É muito bom estar amarradão, no que quer que seja. Até mesmo na política. Estar amarradão é estar, de certa forma, apaixonado. E a paixão, todos sabemos, é o que move a vida. É o que nos move. Libera endorfinas e serotoninas. Os dependentes químicos, adictos em geral, que me perdoem, mas não tem droga melhor. E não precisa se estar, necessariamente, apaixonado por alguém. Pode ser por alguéns. Por uma cidade, um projeto, uma idéia. Ou, melhor ainda, por tudo isso ao mesmo tempo, que seria a paixão pela vida. Divago andando pelas ruas de Porto Alegre, revendo lugares, ruas, entardeceres, pessoas. Velhos e novos amigos. A primavera gaúcha é bela, iluminada, e tem clima ameno. Quente no sol e friozinho na sombra. Adoro. Saio do dentista e ando pelas ruas do bairro de Petrópolis escutando Thiago Pethit no diskman: Velho! O velho refere-se ao diskman, não ao Thiago. Nem a mim...
Estar amarradão é transformar-se só de pensar no objeto da amarração. Só de lembrar. A lembrança, por si só, torna palpável o sentimento, fisicaliza a emoção. Altera batimentos. Arrepia a pele. Eriça a alma. Eu estou amarradão. Amarradão nesse momento que estou vivendo. Nos projetos que estou desenvolvendo. Nas pessoas que estou reencontrando e nas que estou conhecendo agora. Acho que eu sou um amarradão... Valeu, Romário!
Na foto, por do sol visto da sacada da casa da minha irmã Raquél.
São Paulo tem muitas delicias, mas o por do sol aqui é maravilhoso, me "amarro" também.bjos
ResponderExcluir