CAMBURIZINHO
No meio desta semana, na quarta-feira, resolvi dar um tempo pras chuvas de São Paulo e vim curtir mar, sol e praia aqui no litoral norte, em Camburizinho, onde estou até hoje e nem sei quando volto pra casa. Aqui em Camburizinho ainda existe algo que anda bem escasso e raro de se encontrar: céu estrelado. Não estou falando de uma estrelinha aqui e outra acolá. To querendo dizer aquele manto negro cravejado de estrelas bem encima da sua cabeça. Pois aconteceu que marquei encontro com minha amiga local Kátia (Atualmente local, quando nos conhecemos ela era garçonete do Ritz) no restaurante Pitangueiras, que é uma espécie de Figueira Rubayá praieira, um quintal com muitas árvores, coberto por um teto de vidro. E, enquanto esperava minha amiga, sentei num deck que tem ao lado do restaurante, de frente pro mar e pro céu aberto. O banco, de madeira, tem o encosto reclinado. Apoiei as costas, joguei a cabeça pra traz e me senti como se estivesse em um planetário, tamanha a profusão de estrelas que, bem perto da minha cabeça, formavam no céu os mais diversos desenhos. Acho que não via tantas estrelas assim desde a minha adolescência em Soledade. Quando eu, Jorginho e Marcel, amigos daquela época, pegávamos as bicicletas, o som portátil e uma garrafa de Velho Barreiro e saíamos pedalando pela estrada até um morro onde ficávamos deitados, bebendo, ouvindo música e olhando as estrelas e a lua cheia. A música era Milton Nascimento, Beto Guedes, Lo Borges, todo o Clube da Esquina um e o dois também... Acho que fiquei uns quinze, vinte minutos ali parado, contemplando essa maravilha, embalado pelo som do mar, as ondas quebrando na praia, ao longe as luzes de um navio de cruzeiro, quanto mais a minha amiga demorava a chegar mais feliz eu ia ficando. Estamos a duas, três horas de carro de São Paulo. Não fica tão distante, nem tão inacessível essa experiência gratificante e gratuita. Nós, adultos que escolhemos levar uma vida de reuniões, compromissos, datas, prazos, boletos, projetos, estamos sempre atarefados demais pra parar e olhar pro céu, como faziam as crianças de antigamente, ou seja, nós mesmos em tempos menos urgentes e exigentes. E, também, se formos parar pra olhar pro céu em cidades grandes como São Paulo, veremos pouquíssimas estrelas. E, no entanto, elas continuam todas lá, no alto, brilhando indistintamente, pra quem quiser admirar. Logo em seguida Kátia chegou e ficamos bebendo nosso vinho branco, gelado e seco, acompanhado de lulas grelhadas que, aliás, recomendamos a quem vier aqui e for comer no Pitangueiras. As mesas ficam ao ar livre, de frente pro mar e a iluminação é basicamente feita pela luz das velas sobre as mesas. Inesquecível.
No meio desta semana, na quarta-feira, resolvi dar um tempo pras chuvas de São Paulo e vim curtir mar, sol e praia aqui no litoral norte, em Camburizinho, onde estou até hoje e nem sei quando volto pra casa. Aqui em Camburizinho ainda existe algo que anda bem escasso e raro de se encontrar: céu estrelado. Não estou falando de uma estrelinha aqui e outra acolá. To querendo dizer aquele manto negro cravejado de estrelas bem encima da sua cabeça. Pois aconteceu que marquei encontro com minha amiga local Kátia (Atualmente local, quando nos conhecemos ela era garçonete do Ritz) no restaurante Pitangueiras, que é uma espécie de Figueira Rubayá praieira, um quintal com muitas árvores, coberto por um teto de vidro. E, enquanto esperava minha amiga, sentei num deck que tem ao lado do restaurante, de frente pro mar e pro céu aberto. O banco, de madeira, tem o encosto reclinado. Apoiei as costas, joguei a cabeça pra traz e me senti como se estivesse em um planetário, tamanha a profusão de estrelas que, bem perto da minha cabeça, formavam no céu os mais diversos desenhos. Acho que não via tantas estrelas assim desde a minha adolescência em Soledade. Quando eu, Jorginho e Marcel, amigos daquela época, pegávamos as bicicletas, o som portátil e uma garrafa de Velho Barreiro e saíamos pedalando pela estrada até um morro onde ficávamos deitados, bebendo, ouvindo música e olhando as estrelas e a lua cheia. A música era Milton Nascimento, Beto Guedes, Lo Borges, todo o Clube da Esquina um e o dois também... Acho que fiquei uns quinze, vinte minutos ali parado, contemplando essa maravilha, embalado pelo som do mar, as ondas quebrando na praia, ao longe as luzes de um navio de cruzeiro, quanto mais a minha amiga demorava a chegar mais feliz eu ia ficando. Estamos a duas, três horas de carro de São Paulo. Não fica tão distante, nem tão inacessível essa experiência gratificante e gratuita. Nós, adultos que escolhemos levar uma vida de reuniões, compromissos, datas, prazos, boletos, projetos, estamos sempre atarefados demais pra parar e olhar pro céu, como faziam as crianças de antigamente, ou seja, nós mesmos em tempos menos urgentes e exigentes. E, também, se formos parar pra olhar pro céu em cidades grandes como São Paulo, veremos pouquíssimas estrelas. E, no entanto, elas continuam todas lá, no alto, brilhando indistintamente, pra quem quiser admirar. Logo em seguida Kátia chegou e ficamos bebendo nosso vinho branco, gelado e seco, acompanhado de lulas grelhadas que, aliás, recomendamos a quem vier aqui e for comer no Pitangueiras. As mesas ficam ao ar livre, de frente pro mar e a iluminação é basicamente feita pela luz das velas sobre as mesas. Inesquecível.
ja vi em sao paulo um céu mais estrelado que o de camburi.... quando fui ao planetário....hahaha
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