domingo, 19 de janeiro de 2020

SAUDADE DE ELIS

Hoje faz trinta e oito anos que Elis Regina morreu. Lembro do dia como se tivesse sido ontem. Não vou contar, mais uma vez, como foi por que já o fiz inúmeras vezes aqui. O fato é que já temos mais anos sem do que com Elis, posto que ela ainda nem tinha completado trinta e sete anos de idade quando nos deixou... Anteontem acordei às quatro horas da madrugada e não consegui dormir mais. Às cinco desisti de tentar pegar no sono novamente e me levantei. Curioso é que não senti sono o dia inteiro... Ontem revi no Netflix o filme Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças. Na ocasião em que ele foi lançado eu assisti no cinema e amei. Foi um filme que me marcou muito e lembro que sempre o citava como um dos meus preferidos. Ao revê-lo não tive a mesma impressão. Gostei, mas não amei como outrora. Acho que na verdade eu amava uma idealização que fiz do filme. O que, ou melhor quem, continuo amando com a mesma intensidade é o ator Jim Carrey. Sempre admirei o trabalho deste artista para além das caras e bocas que eventualmente faz. Estou enrolando um pouco, tergiversando, para ver se me lembro de alguma coisa sobre Elis que eu ainda não tenha contado aqui. Inútil, já relatei tudo. E não foi pouca coisa. Basta digitar Elis no campo de busca do blog. O primeiro show a que assisti, o autógrafo, os ciúmes de minha mãe pelo meu sofrimento quando ela morreu, as fotos que fiz no show do Canecão, meu contato com seu filho João Marcelo durante as gravações do DVD da Terça Insana pela gravadora Trama, tudo. As comemorações do aniversário de Elis que minha amiga Anne e eu fazíamos em Porto Alegre. O último show, Trem Azul, no Ginásio Gigantinho também na capital dos pampas. Então só me resta reiterar a minha imensa admiração e respeito por essa grande artista, essa cantora incrível, a maior que o Brasil já teve na minha nada humilde opinião. Sigo cultuando-a, venerando seu incomensurável talento, imaginando coisas que ela cantaria agora (isso também já contei). Viva Elis. Depois dela, nenhuma outra. Talvez Cássia Eller. Que também se foi cedo demais. Vou seguir ouvindo Elis, suas interpretações marcantes e definitivas. E peço para quem me lê: Ouçam Elis Regina. Eu garanto que os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague...
Na foto, feita por mim, Elis no show Saudade do Brasil, no Canecão, em abril de 1980.

2 comentários:

  1. Infelizmente só podemos sentir saudade e ouvir seus discos, não há o que fazer. Elis faz falta sim, e se viva nos dias de hoje não sei se estaria bradando nas redes sociais ou se já estaria reclusa como fez Rita Lee. Você disse tudo: os corações que foram incendiados por Elis nunca e nada os apagará.

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  2. Odilon, querido! Acho que ela estaria ou com a boca no trombone, como sempre fez, ou, cansada de pregar no deserto, fazendo a Greta Garbo...

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