A primavera veio quente como o mais tórrido dos verões logo nos primeiros dias da sua chegada. Aqui na Pauliceia, o ar quente, seco & poluído rasga gargantas sensíveis como a minha, entope narizes e faz tossir pulmões. E nada de chuva... A chegada da nova estação me pegou totalmente mergulhado no universo de Caio Fernando Abreu. Não nas suas obras literárias, mas nos textos que escrevia para as revistas AZ e Around, nos anos oitenta. Cida Moreira me disponibilizou sua coleção gentilmente. Tenho me divertido muito. O Caio dessas revistas é muito parecido com o que convivia com os amigos: Engraçado, leve, debochado, irônico, crítico dos hábitos e costumes da sociedade. Para mim é sempre um enorme prazer trazer à tona esse lado menos conhecido do escritor denso e profundo revelado pelos livros. Vez por outra, nessas publicações, Caio assina com o pseudônimo de Terezinha O'Connor. Segundo ele, prima de Sinead e discípula de Nadja de Lemos. Sob tal alcunha, ele deita e rola... O start desta pesquisa foi dado no lançamento do Festival Caio Entre Nós, que ocorreu no dia sete de setembro próximo passado, em Porto Alegre, e no qual apresentei Bolero, um dos textos de Caio para a Revista AZ. Espero conseguir reunir uma quantidade razoável de artigos "dizíveis" destas publicações para transformar em um solo. Um pocket espetáculo que seja. Então voltarei a dar notícias por aqui. Bom primaverão a todos!
Na foto, a jovem Malu Mader ilustra a capa de uma das edições da saudosa AZ.
sábado, 23 de setembro de 2017
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Gosto dessa ideia do resgate de um Caio fora dos livros e das cartas. A Cida tem todas as revistas? Invejinha.
ResponderExcluirOdilon, querido! Cida não tem todas, infelizmente. Segundo a própria Joyce, Vania Toledo tem. Mario Mendes ficou de fazer a ponte para mim. No aguardo...
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