Eu amo teatro. E quando digo que amo, não me refiro apenas ao fazer teatral. Amo assistir teatro, também. E quando se trata de bom teatro, amo ainda mais. Ontem tive a oportunidade de conferir o espetáculo Pontos de Vista de um Palhaço, solo do ator Daniel Warren, que só contribuiu com o meu amor pela arte da representação. Abandonado pela mulher que ama, o personagem de Daniel expõe diferentes pontos de vista: O próprio e o do palhaço que ele representa; o da mulher e o dos líderes religiosos que ela segue. Em uma sessão de terapia coletiva na qual os outros participantes são o próprio público. E Daniel o faz com maestria. O espetáculo é uma pequena joia. Prende a atenção do início ao fim sem nunca deixar a peteca cair. A interpretação de Daniel consegue ser surpreendente durante todo o tempo que dura a peça. E a gente sai da sala com a alma lavada... Nunca gostei muito de palhaços. Tampouco dos chamados "clowns", que são uma espécie de sofisticação dos mesmos. Outro dia, perdido que estou de saudades da capital francesa, fui ao cinema assistir ao filme Perdidos em Paris e sem saber me deparei com eles, os clowns. Aquelas repetições sem fim e uma lógica sem lógica me irritam em vez de me divertir... Não é o caso desse Pontos de Vista. Daniel Warren é um excelente ator. Não se limita a ser clown sobre a cena. Ele constrói seu personagem em diversas camadas de interpretação, colorindo-o com as técnicas de palhaço que inteligentemente estudou para enriquecer ainda mais o seu brilhante trabalho. E o resultado é apaixonante. Sem falar que ele é puro carisma... Fiquei bastante tocado pela força que tem esse espetáculo, que é todo trabalhado na elegância e sensibilidade. Deus queira que um dia eu consiga fazer algo parecido! E todos os aplausos para esse pequeno grande ator...
A direção e a dramaturgia são de Maristela Chelala, que divide com Daniel a concepção artística. O espetáculo está em cartaz na Oficina Cultural Oswald de Andrade. Imperdível...
Na foto, o protagonista Daniel Warren brilha sem o menor esforço sobre a cena.
domingo, 30 de julho de 2017
sábado, 29 de julho de 2017
MAISON CLOSE
Pense numa pessoa que viveu em Paris no começo dos anos noventa, se apaixonou pela cidade, ficou dezesseis anos sem ir visitá-la e, de 2007 pra cá, estava indo regularmente uma vez por ano ou a cada dois anos no máximo. Essa pessoa sou eu. E o intervalo de dois anos sem ir a Paris já venceu em maio desse ano... Pense na síndrome de abstinência que essa pessoa, no caso eu, está vivendo. E imagine a pessoa, sozinha, em uma sala do MASP visitando a exposição Toulouse-Lautrec em Vermelho. Foi o que aconteceu comigo ontem à tarde... E foi maravilhoso. Toulouse-Lautrec simboliza a mítica Paris boêmia dos artistas, dos cabarés, das prostitutas, dos espetáculos de variedades, da vida noturna, do bas-fond, do cancan, e, claro, de Montmartre, o bairro sede de todo esse movimento. Fui transportado para os salões da maison La Fleur Blanche, para o lendário Moulin de la Galette, encontrei com a dançarina Jane Avril e com o cabaretier Aristide Bruant... Revi as bailarinas de cancan e suas saias, tal qual havia assistido ao vivo no próprio Moulin Rouge... As pinceladas nervosas do artista fazem os óleos sobre tela ou sobre cartão parecerem desenhos de lápis pastel. E os gigantescos cartazes em litografia que anunciavam as atrações dos cabarés dão a medida da importância de Lautrec para a arte da virada do século dezenove para o vinte. Gostei especialmente de uma parede inteira dedicada a retratos de atores e atrizes. Entre eles, évidemment, a grande Sarah Bernhardt... A mostra traz setenta e cinco obras e cinquenta documentos como cartas, bilhetes, telegramas e fotografias, abrangendo toda a produção do artista, desde os primeiros anos até a sua precoce morte aos trinta e seis anos em decorrência do abuso de álcool e da sífilis contraída na vida libertina que levava. Como disse anteriormente, mítico. Icônico. Arquetípico... Quando saí das dependências do museu fiquei parado na Avenida Paulista como quem espera ser resgatado por um carro mágico. Igual àquele que transportava o personagem do filme Meia Noite em Paris, de Woody Allen, para a Paris boêmia da Belle Époque. Mas tudo o que passou foram ônibus, taxis, úbers (ou seriam úberes?), carros e mais nada. E eu fiquei ali, sonhando com o dia em que verei Paris outra vez... Delírios à parte, a exposição é maravilhosa e pode ser visitada até o dia primeiro de outubro. Sendo que às terças-feiras a entrada é gratuita. Para quem está na Pauliceia, o MASP fica na mais paulista das avenidas...
Nas fotos, Toulouse-Lautrec em si, A Roda - a bailarina Loïs Fuller vista dos Bastidores e La Femme au Boi Noir, duas das obras que mais gostei. Ah! O título do post se refere às "casas fechadas" que o artista costumava frequentar com suas amigas.
Nas fotos, Toulouse-Lautrec em si, A Roda - a bailarina Loïs Fuller vista dos Bastidores e La Femme au Boi Noir, duas das obras que mais gostei. Ah! O título do post se refere às "casas fechadas" que o artista costumava frequentar com suas amigas.
sexta-feira, 28 de julho de 2017
O LUGAR DA LÍNGUA
Muito já falei aqui no blog sobre o mau uso que se faz da nossa inculta e bela Língua Portuguesa. Sei que poderia até soar pernóstico pretender que se fale e escreva corretamente o idioma em um país que tem tantos problemas sociais e políticos, vive uma crise sem precedentes e tem uma desigualdade social inaceitável. Mas certas coisas, que nem seriam propriamente erros, mas vícios de linguagem, tiram muito da pouca paciência que tenho... Ultimamente, o uso da palavra "lugar" para designar coisas que não são lugares tem me irritado sobremaneira. Por exemplo: "Esse espetáculo é um lugar de reflexão". Espetáculo não é lugar. O teatro seria... "Eu estou num lugar de auto-conhecimento". Momento seria mais adequado... Mas acho que só eu me importo com esses detalhes. E por falar em lugar, outra coisa que me incomoda bastante é o uso de "onde" e "aonde" se referindo a coisas que também não são lugares. "É um filme aonde eu contraceno com fulano". Um filme no qual contraceno seria bem mais agradável aos ouvidos. Pelo menos aos meus ouvidos... "É uma medida onde o supremo revê a sua postura". Que saco! Medida não é lugar... Eu gostaria muito de saber quem começa a usar esses termos dessa maneira e porque todos passam a fazer o mesmo achando que está super correto. Vai saber! Outra modinha chata é o tal de "sobre". Esta, imagino que venha de tradução literal do inglês, como about last night. E é um tal de "sobre ontem à noite", "sobre dar e receber" e "sobre estar em boa companhia"... Haja! Tem até uma música chata, interminável e com mensagem de auto-ajuda que diz: Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si, é sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz... Sem falar no hábito de terminar as frases com: ...que você respeita. Por exemplo: A melhor banda de rock que você respeita. Ãh? E as palavras da moda, que de repente as pessoas não conseguem dizer uma só frase sem utilizá-las pelo menos duas vezes? Do tipo superação, empoderamento, protagonismo... Ai que preguiça! Tem também os que reforçam o sujeito da frase colocando o pronome logo após: "A lei, ela é para todos". "Meus amigos, eles são poucos". Enfim, vou parar por aqui porque eu mesmo já estou me tornando irritante... E, para terminar citando Olavo Bilac: Amo-te, ó rude e doloroso idioma. És, a um tempo, esplendor e sepultura...
Na foto, a biblioteca Mario de Andrade. Um bom lugar para se estar em contato com a nossa língua. E é lugar mesmo! Rsrsrs...
PS: Acabei de lembrar de outra! Arquitetos e decoradores tem usado muito o verbo conversar para dizer que determinados móveis ou objetos combinam com a decoração. Assim: Esse abajur conversa com a cortina. Pano rápido.
Na foto, a biblioteca Mario de Andrade. Um bom lugar para se estar em contato com a nossa língua. E é lugar mesmo! Rsrsrs...
PS: Acabei de lembrar de outra! Arquitetos e decoradores tem usado muito o verbo conversar para dizer que determinados móveis ou objetos combinam com a decoração. Assim: Esse abajur conversa com a cortina. Pano rápido.
quarta-feira, 26 de julho de 2017
IMOBILIDADE ILUSÓRIA
Passei o último fim de semana fazendo um workshop de modelo vivo. Um ator precisa estar sempre em movimento, em busca de desafios, a superar limites. Eu já havia tido uma pequena experiência como modelo vivo na época da faculdade de teatro em Porto Alegre, posando para aulas de desenho do Instituto de Artes. Anos depois, já morando em São Paulo, tive a experiência de posar para uma aula de escultura de um grupo de mulheres. Agora, me sentindo velho e cheio de limitações corporais, resolvi voltar a exercitar essa possibilidade. Foram dois dias de estudos, conversas e trocas de experiências que resultaram em uma sessão de poses para a artista Sandra Lagua que nos desenhou em diversas poses e propostas. Para alguém que estava se sentindo tão enferrujado como eu foi no mínimo libertador. Não tenho a menor ideia se pretendo fazer disso um ganha pão, mas a simples possibilidade de me testar já foi bastante desafiadora. É um mercado restrito, poucas pessoas se aventuram de maneira consciente nesse métier, a maioria "topa tirar a roupa pra ganhar um troco". Homens, então, são uma minoria. Fiquei lembrando de quando cheguei em São Paulo, vinte anos atrás, e fiquei hospedado chez minha amiga Nora Prado. Nora era modelo vivo e foi uma das precursoras dessa atitude do modelo consciente, ativo e propositor que o curso nos estimulou a ser. Ela chegou a fazer uma peça, um solo chamado A Modelo, no qual contava suas experiências posando para vários artistas, entre eles, seu pai Vasco Prado. O workshop foi ministrado por Juliano Hollivier, que além de excelente modelo vivo com muitos anos de experiência no mercado, também é ator. Consegui vencer várias barreiras: Tirar a roupa diante de outras pessoas, por exemplo, foi uma delas. Expor minha barriga e todos os meus outros "defeitos " também. Fiquei bastante satisfeito com o resultado. E recomendo para quem tiver vontade de se testar na profissão. Vai ter uma nova edição em agosto. É só acessar o site julianohollivier.com E ficar por dentro de tudo.
Nas fotos, desenhos de Jacques-Louis David e Michelangelo feitos a partir da observação de modelos vivos.
Nas fotos, desenhos de Jacques-Louis David e Michelangelo feitos a partir da observação de modelos vivos.
quinta-feira, 20 de julho de 2017
FEUD
O que é uma vida de artista no mercado comum da vida humana? Cantava Gal Costa no álbum Água Viva, de 1978. O que os versos de Suely Costa talvez não trouxessem era a resposta para tão complexa questão... Acabo de assistir aos oito episódios da série Feud, sobre a lendária rivalidade entre as grandes damas do cinema americano Bette Davis e Joan Crawford. E confesso que me bateu forte. Para além do deleite estético e do prazer de acompanhar as peripécias das divas. Após assistir aos episódios finais, o que ficou fortemente impregnado em mim foi a constatação da instabilidade das carreiras artísticas. Mais do que as disputas de egos exaltados ou a fogueira das vaidades, o que me impressiona é esse fino fio tenso por onde se equilibra a inconstante disputa pela construção e manutenção de um sonho. Se há alguma constância na carreira de um artista, é justamente a inconstância... Digo que me bateu forte porque venho de voltar aos palcos depois de uma ausência de quase dois anos. Um projeto de sonho inocente, segue a canção de Gal. Não se esqueça de mim essa semana... Susan Sarandon e Jessica Lange representam, respectivamente, Miss Davis e Miss Crawford. Ah sim, estou falando de Feud, já havia viajado completamente no tema. E a grande luta que travam, maior do que a rivalidade que dá título à série, é a luta pela manutenção de suas carreiras em um mercado que se transforma e que as deixa de lado. Cruel. Arrasador. Grandes talentos se afogando em álcool e decepções. Muita coisa mudou de lá para cá. Mas creio que a essência permanece. Essa necessidade constante do aplauso, dos holofotes, de ser o centro de, pelo menos, algumas atenções. Essa ilusão que encerra a realidade do ganha pão. Essa quimera. Os egos inflados, as disputas, as vaidades. Do que era mesmo que eu falava? De Feud, a série americana. Você não pode deixar de assistir. Mas antes, prepare os drinks e aperte o cinto. Vem turbulência por aí. Pescador quando tece sua rede, jogador quando joga sua sorte: Cada um que conhece sua sede é artista da vida ou da morte... Pois a série termina com a morte das protagonistas, o que deixa a triste sensação de que não haverá continuidade. E agora? Como viver sem essas adoráveis lutadoras? E as fofocas de Hedda Hopper? Como ficar sem Mamacita? O que terá acontecido a Baby Jane? Quem descerrar a cortina há de ver cheio de horror...
quinta-feira, 13 de julho de 2017
JULHO A MIL
E o mês de julho segue cheio de novidades. Um mês normalmente associado a férias. Para mim está sendo o contrário. Já não era sem tempo! Andava tendo comichões de abstinência do palco. Minha volta foi em grande estilo, ao lado de Grace Gianoukas, recebendo convidados no Festival Terça Insana no Teatro Sergio Cardoso. Nesse fim de semana repetiremos a dose com novos convidados. Logo mais farei também viagens com o espetáculo, o que me enche de alegria. Interessante também está sendo dividir palco e bastidores com novos talentos, que já se tornam novos amigos, como Johnas Oliva e Renata Augusto. Andei assistindo a alguns musicais com meu amigo Odilon, que veio fazer sua visita anual à Pauliceia. Um deles foi 60, a Década de Arromba, protagonizado pela eterna musa da Jovem Guarda Wanderléa. Em três horas de espetáculo ela mostra, do alto de seus setenta anos, que ainda é uma brasa. Mora? A Ternurinha é puro carisma sobre a cena. Suas entradas são aguardadas com excitação e recebidas com aplausos calorosos. Ah! E a filha Jadde também brilha ao lado da mãe diva. Viva a Wandeka! Tenho assistido à série Feud, com as maravilhosas Jessica Lange e Susan Sarandon vivendo Joan Crawford e Bette Davis respectivamente. Mas isso merecerá, evidentemente, post especial assim que terminar de assistir a todos os oito episódios... No mais, dias lindos de sol e aquele friozinho gostoso de dormir e de se vestir para sair...
Na foto eu, bem pimpão, chegando no teatro para me apresentar.
Na foto eu, bem pimpão, chegando no teatro para me apresentar.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
SALVE BRECHERET
Prorrogada até o fim do mês a exposição Brecheret: Encantamento e Força, na Dan Galeria, que fica na Rua Estados Unidos aqui nos Jardins. Me sinto um tanto privilegiado de estar vizinhando, ainda que temporariamente, com tão expressivo patrimônio da arte mundial. A mostra exibe quarenta e seis obras, entre esculturas e desenhos, do artista ítalo-brasileiro considerado, juntamente com Anita Malfatti, introdutor do Modernismo no Brasil. Fazem parte, por exemplo, as obras Ídolo e Cabeça de Mulher, que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922. Há cavalos, dançarinas, bustos, cabeças, nus masculinos e femininos, alguma arte indígena e figuras sacras, como as esculturas São Francisco com Burrinho e São Francisco com o Bandolim, e o impressionante desenho de San Michelle feito em crayon no período da formação do artista em Roma. Por pouco não vejo essa obra, que está exposta em uma pequena sala contígua. Não fosse a generosidade e simpatia de Andréa Vasconcellos, que me forneceu diversas informações e gentilmente me enviou o pdf do catálogo, já esgotado, por e-mail. Tive uma paixão à primeira vista pela obra Guerreiro, de 1927, esculpida em pedra de França, totalmente Art Déco como a maioria das minhas obras preferidas desse ícone da arte brasileira e mundial. Já na entrada da galeria, do lado de fora, a gigantesca Morena, esculpida em bronze com mais de um metro e oitenta de altura, recebe os visitantes como a adiantar o que vem pela frente. Luxo só. Não dá para perder.
Nas fotos, Morena recebe os visitantes na entrada da Dan Galeria fotografada por mim, e as obras Guerreiro, Torso Masculino e San Michelle, extraídas do pdf do catálogo da exposição.
Nas fotos, Morena recebe os visitantes na entrada da Dan Galeria fotografada por mim, e as obras Guerreiro, Torso Masculino e San Michelle, extraídas do pdf do catálogo da exposição.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
INVERNO EM SP
Caramba! Já estamos na metade do ano outra vez... O mês de julho chegou trazendo frio a São Paulo, o que achei ótimo. Afinal, inverno é mesmo época de fazer frio e já estava com saudades. A gente fica bem mais elegante no frio... Julho trouxe também ipês e cerejeiras floridos, o que é uma festa para os olhos e uma alegria para a alma. Além disso, jardins verticais surgem na Avenida Vinte e Três de Maio como uma interessante saída para o eterno problema das pixações. Ganha a cidade, já menos feia e cinza, com mais verde a oxigenar os dias... E adivinhem quem voltou? Eu! Rsrsrs. Estou de volta à Terça Insana no Festival Grace Gianoukas Recebe, agora no teatro Sérgio Cardoso, nesse e no próximo mês, com convidados e atrações diferentes a cada edição. Já não era sem tempo essa minha rentrée... No mais, rolezinhos de bicicleta no Ibirapuera e passeios em busca de novos grafittis e de ipês e cerejeiras em flor. Ontem fomos a São Roque, aqui pertinho da capital, para apreciar as cerejeiras do Centro Esportivo Kokushikan Daigaku que, malheureusement, estava fechado. Mesmo assim, deu para tirar uma casquinha do lado de fora. Curioso é que ninguém, na cidade e arredores, jamais ouvira falar do tal centro esportivo. E só depois de muito vai e vem é que conseguimos encontrá-lo... Que mais? Ah! Os Arcos do Jânio foram entregues à cidade devidamente restaurados e estão lindos. E vamos em frente. Bom inverno a todos!
Nas fotos, as cerejeiras do Centro Esportivo Kokushikan Daigaku vistas do lado de fora, eu barrado na Disneylândia, ipê florido no Ibirapuera e grafitti na Avenida Rebouças.
Nas fotos, as cerejeiras do Centro Esportivo Kokushikan Daigaku vistas do lado de fora, eu barrado na Disneylândia, ipê florido no Ibirapuera e grafitti na Avenida Rebouças.
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