Quando cheguei em São Paulo de mala e cuia, há exatos vinte e um anos, eu já não era mais nenhum adolescente: Tinha trinta e dois para trinta e três anos de idade. Mas devo confessar que sonhos e ilusões eu ainda tinha muitos. Os sonhos, grande parte deles cheguei a realizar. Alguns eu adiei. De outros eu desisti. Quanto às ilusões, ah, as ilusões: Não acredito mais no fogo ingênuo das paixões. Afinal de contas, são tantas ilusões perdidas na lembrança, como já cantava Fagner... Meu amor pela Pauliceia se mantém, agora mais maduro & sereno, como é comum aos amores que duram. E ainda não descobri nenhum outro lugar onde seria capaz de morar. Por incrível que pareça a cidade continua me surpreendendo, mesmo depois de tantos anos vividos aqui. E é com enorme prazer que a revisito e a redescubro sempre. Quanta coisa já mudou nesses vinte e um anos! A internet, por exemplo, ainda engatinhava quando cheguei por aqui. A gente curtia o Mercado Mundo Mix, se jogava pra dançar no Massivo, os bares da Consolação bombavam – sim, havia bares na hoje pacata Rua da Consolação – e, claro, íamos a muitas festas nas casas dos amigos. Taí uma coisa que quase não rola mais: Festinhas em casa. Ou será que continua rolando, só que pro pessoal que é jovem hoje? É claro que sim, to brincando. Eu é que não tenho mais idade nem paciência pra muita festa... Uma coisa não mudou: Continuo frequentando o Ritz. Que, aliás, já frequentava desde antes de morar aqui... Vou celebrar meus vinte e um anos de São Paulo aqui no blog, dividindo-os com quem me lê. Será na quarta-feira, dia vinte e dois de março. Vou abrir um vinho e fazer um brinde especial. Agora que o outono chegou tudo há de ser mais leve. Isso é uma outra coisa que mudou nos últimos anos: Deixei de amar o verão. Agora, com a idade e o aquecimento global, estou preferindo temperaturas mais amenas. Como as do outono e da primavera. Bom outono a todos! E feliz vinte e um anos de Sampa pra mim!
Na foto, les feuilles mortes na entrada do meu edifício.
segunda-feira, 20 de março de 2017
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Amado. Parece q foi ontem q vc chegou naquele pau de arara com sua trouxinha de roupas na cabeça. De início ja pegou no meu pé. E eu nunca mais te larguei. Q sorte SP tem! Love.
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