Um dos presentes que ganhei de Natal foi uma agenda para 2015. Essa foi a primeira vez que ganhei uma agenda antes do ano novo começar. Isso me fez pensar sobre minhas agendas...
Guardo todas. Minha vida catalogada. Fonte de pesquisa que sempre me soluciona dúvidas, mistérios e falhas da memória. Dia desses, nos meus ataques de desapego, me desfiz de uma década inteira delas: de 1986 a 1995. Não sem dor e, muito menos, sem revisá-las detalhadamente. Cada capa, contracapa, citação, rabisco, colagem... Exceção feita somente à de 1991, ano que morei em Paris e por isso está guardada juntamente com as de 1996 em diante. Já conto quase vinte anos de agendas comigo. Outra curiosidade: Colo nas agendas os ingressos de todos os espetáculos de teatro, shows, cinema, exposições e visitas a museus e parques. Tudo coladinho no dia em que lá estive. Todas as viagens que fiz, minhas partidas e chegadas. As visitas que amigos me fizeram, quando chegaram e quando partiram. Gosto da sensação de ter um certo controle sobre o que vivi no passado. É como se pudesse voltar no tempo, reviver o que foi bom e deixou saudades. Às vezes, do nada, sinto uma necessidade urgente de saber o que eu estava fazendo no dia de hoje há dois anos. Vou lá nas agendas e pimba! Fui ao cinema assistir a um inesquecível filme que mudou minha vida. Ou nada. Encontro simplesmente uma página em branco. É claro que, nesse caso, olha um pouco mais para trás e um pouco mais para a frente. Só para checar em que pé andava a minha vidinha... Agora, por exemplo, resolvi checar o que fiz no ano passado nesse dia. Estava em Cananéia, litoral sul de São Paulo, onde logo pela manhã peguei a balsa para passar o dia na Ilha Comprida. Muito bom reviver aqueles dias. Ainda que seja apenas na memória...
Na foto, a cidade de Cananéia vista da balsa.
domingo, 28 de dezembro de 2014
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Começaste cedo hoje! Parabéns pelo desapego. Eu guardo tudo na mente. Coisas boas e más. Queria aprender a desapegar de algumas. Bjs
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